Segmento de gestão de recursos ganha novos exploradores

Sob o incentivo dos juros baixos, o mercado de gestão de recursos de terceiros está cada vez mais movimentado. Novos players interessam-se em levar um naco da fortuna de investidores à procura de produtos mais sofisticados. A Artesia Gestão de Recursos é um exemplo. Conhecida por ter levado a Le Lis Blanc à Bolsa de Valores, a empresa de private equity geria, até o começo deste ano, apenas um fundo exclusivo. Agora, quer entrar também no mercado de fundos abertos. Com a expectativa de somar um patrimônio de US$ 500 milhões, realizará duas captações para um fundo de investimento em participações (FIP) voltado para investidores estrangeiros. A primeira acontecerá ainda neste semestre e a tranche seguinte, até dezembro.

“Fomos estimulados pelos próprios clientes”, comenta Erwin Russel, sócio da gestora. A Ideiasnet é outra que quer explorar esse nicho. Companhia aberta voltada à aquisição direta de participações em empresas do setor de tecnologia, ela anunciou, no começo de janeiro, que se tornaria uma gestora de fundos de participações. No mesmo mês, também protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), que comprará créditos originados por suas empresas investidas.

A consultoria TAG Investimentos, que desde 2004 especializava-se em aconselhar os clientes sobre como e onde alocar recursos, decidiu ser ela mesma uma gestora. No ano passado, criou a TAG Properties, divisão focada em investimentos imobiliários. O negócio começou com fundos exclusivos, mas este ano três carteiras estão sendo abertas a qualquer interessado. Em geral, grande parte do patrimônio dos investidores de alta renda é concentrada em imóveis, o que explica o interesse pelo segmento. “Temos um caso em que cuidávamos de 20% do patrimônio total do cliente e, com os produtos imobiliários, atingimos 100%”, ilustra João Carlos Mansur, executivo responsável pela TAG Properties.

Em fase de captação, a empresa tem hoje um fundo que será lançado conforme a Instrução 476, regra que dispõe sobre as ofertas públicas com esforços restritos de venda. O objetivo é capturar a rentabilidade de imóveis corporativos cujo valor (por volta de US$ 10 milhões) seja alto para investidores pessoa física, mas pequeno para os institucionais. Outro produto em fase de lançamento é um fundo de investimento que atuará em parceria com uma incorporadora de imóveis para aproveitar a demanda criada pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. O terceiro projeto mira a construção de shoppings de bairro — empreendimentos que funcionam como pequenos centros comerciais, com até 2 mil metros quadrados e entre seis e oito lojas. “Com o braço imobiliário, acessamos um público novo”, comenta Castro.


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