SEC quer proibir salários exagerados nos bancos

A Securities and Exchange Commission (SEC) quer dar um fim aos pacotes de remuneração excessivos oferecidos por grandes bancos, corretoras e fundos de hedge nos Estados Unidos. Numa tentativa de controlar os bônus pagos em Wall Street, o regulador propôs uma regra, no mês passado, que obriga as instituições financeiras com US$ 1 bilhão ou mais sob gestão a arquivarem, anualmente, na SEC um relatório que descreva a estrutura dos seus planos de remuneração baseados em incentivos. Além disso, devem apresentar argumentos que justifiquem por que ele é adequado.

De acordo com a proposta, o xerife do mercado norte-americano terá o direito de proibir qualquer plano de incentivo que estimule uma tomada de riscos inadequada pelos executivos e possa levar, no futuro, a perdas financeiras. A ideia tem gerado controvérsias dentro da própria SEC. Alguns comissários da agência, correligionários do partido republicano, argumentam que o regulador não tem autoridade ou competência para interferir no pacote de incentivos das empresas. “A SEC não tem recursos para ditar regras que entrem em detalhes sobre como os indivíduos devem ser pagos”, afirmou um comissário ao The New York Times.

A regra proposta prevê obrigações adicionais para instituições com ativos consolidados acima de US$ 50 bilhões. O conselho de administração ou um comitê de conselheiros deverá se encarregar de identificar os funcionários que, pela característica de sua função, possam expor a empresa a eventuais perdas financeiras. Uma vez identificados esses profissionais, o conselho deverá aprovar a compensação com base em incentivos de cada um.


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