O Financial Reporting Council (FRC), entidade que regula as práticas de auditoria e de contabilidade no Reino Unido, bem que tentou livrar as companhias da obrigação de imprimir os relatórios anuais. Em janeiro, colocou em audiência pública uma proposta que autorizava a publicação desses documentos apenas no formato online. O argumento era que, em um mundo cada vez mais plugado na internet e nos meios eletrônicos, os relatórios impressos eram um “enorme desperdício de papel, tempo e dinheiro”. A sugestão, no entanto, não agradou os investidores. As queixas à proposta do FRC foram tantas que o órgão anunciou, em setembro, o abandono da iniciativa.
O principal argumento dos investidores era que a leitura na tela do computador é muito cansativa, independentemente da idade do leitor. “Para muitos investidores, inclusive eu, é muito mais fácil ler um relatório impresso”, disse Simon Laffin, ex–presidente da operadora líder de restaurantes e pubs no Reino Unido Mitchells & Butlers, ao Financial Times. Para Laffin, que preside hoje o comitê de auditoria de outras duas companhias abertas, uma lição–chave da economia digital é que as pessoas não querem tudo online: “O que elas desejam é que as informações sejam expostas em uma variedade de formatos que combine com o seu estilo de vida”.
A Associação de Acionistas do Reino Unido, por sua vez, declarou que não há substituto para o documento impresso, principalmente quando o leitor quer passar rapidamente de uma página para outra, comparar itens relacionados e fazer anotações. A Associação de Gestores de Investimento do país afirmou que as cópias em papel são também um importante instrumento de proteção dos investidores. Como não podem ser alteradas posteriormente, estão livres de manipulação.
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