Durante muito tempo, no Brasil, o investimento em ações esteve associado à imagem de banqueiros, grandes acionistas e especuladores. Ao pequeno investidor restava a impressão de que a bolsa de valores era um espaço inacessível, e que ele — com pouco dinheiro e escassos conhecimentos — estaria impossibilitado de auferir bons ganhos com seus papéis.

Felizmente, após meados da década de 90, esse estereótipo foi se alterando. Hoje, com a tecnologia disponível e a internet, qualquer pessoa pode abrir uma conta em uma corretora e negociar ações por meio de ferramentas eletrônicas como, por exemplo, o home broker.

Essa facilidade de acesso atraiu milhares de aplicadores para a Bolsa. O que muitos deles não sabem é o investimento em ações não deve ser encarado como uma aposta às cegas. É fundamental a definição de uma estratégia de investimento — uma série de regras e princípios que direcionam os recursos de um investidor para as oportunidades de maior retorno, sempre levando em conta o grau de risco dessas operações.

Para os principiantes em mercado acionário, recomendamos a leitura deste guia na sua ordem sequencial. Àqueles que já possuem alguma familiaridade com o tema sugerimos saltar o capítulo 2, no qual apresentamos um breve roteiro de introdução ao investimento em ações.

Todas as estratégias que serão apresentadas têm pontos fortes e fracos. E é exatamente essa a mensagem que gostaríamos de deixar: não existe uma estratégia milagrosa no mercado de ações, que permita você ganhar dinheiro sem esforço ou sem correr riscos. Investir em renda variável é uma atividade complexa, mas que pode trazer bons resultados para aqueles que se dedicarem, estudarem e tiverem a disciplina de respeitar o tempo e a estratégia definida. Boa leitura!