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Performance monitorada
SulAmérica promove autoavaliação dos desempenhos coletivo e individual do comitê de auditoria

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As companhias listadas na Bolsa de Nova York (Nyse) e na Nasdaq precisam avaliar periodicamente seus comitês de auditoria. É uma forma de demonstrar aos investidores que estão atentas à atuação do órgão responsável por monitorar os riscos e supervisionar os controles internos da organização. Um dos cinco maiores grupos seguradores do País, a SulAmérica, não tem ações negociadas nos Estados Unidos, mas nem por isso deixa de auferir, regularmente, o desempenho do seu comitê de auditoria. Desde 2010, o órgão se submete a uma autoavaliação. Ela abrange, além da atuação colegiada do órgão, o preparo e o desempenho de cada um de seus membros — iniciativa pouco usual dentre as companhias abertas brasileiras. “O comitê de auditoria é extremamente relevante para a governança corporativa da empresa, porque garante qualidade e transparência na produção das demonstrações financeiras”, ressalta Arthur Farme D’Amoed Neto, vice-presidente de controle e relações com investidores (RI) da SulAmérica.

Formado por cinco membros indicados pelos acionistas, sendo um deles referendado pelos minoritários, o comitê de auditoria da companhia se reúne trimestralmente. Carlos José da Silva Azevedo é o presidente. Ex-sócio da Arthur Andersen, atuou na SulAmérica de 1998 a 2003 como diretor vice-presidente de diversas empresas do grupo. Completam o time Jorge Augusto Hirs Saab, gestor da Rio Bravo Investimentos na área de fundos de renda variável; Pierre Claude Perrenoud, membro do conselho de administração da Sul América; Thimothy Scott Mackenzie, chefe do departamento financeiro da ING América Latina; e Walter Ioro, membro do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).

Em 2011, as respostas dadas por eles em seus questionários de autoavaliação foram confrontadas com as obtidas pela pesquisa global sobre a eficácia de comitês de auditoria realizada pela KPMG International e pelo Audit Committee Institute (ACI). O estudo contou com a participação de 1.200 membros de comitês de auditoria de 34 países, que responderam a 77 perguntas. Cerca de 60% dos respondentes apontaram, por exemplo, que se sentiam bem informados para executar suas funções. Considerando apenas os entrevistados brasileiros, esse indicador era de 52%. Na SulAmérica, ele atinge 80%. “De modo geral, as práticas do nosso comitê estão em linha ou são ligeiramente superiores à média internacional”, observa D´Amoed Neto.

Para se manter informados, os integrantes do conselho de administração e dos comitês de assessoramento da SulAmérica usam, desde 2010, um portal de governança. O site dá acesso a todas as informações corporativas necessárias à atuação dos órgãos, propiciando acesso a discussões, votação de matérias, calendários, pautas e conteúdo de reuniões.

“Aos poucos, com a avaliação dos membros sobre seu próprio trabalho, vamos eliminando eventuais gaps”, avalia o vice-presidente de RI. Por meio desse processo, a companhia identificou, por exemplo, que precisa melhorar o controle sobre transações com partes relacionadas. Também está no radar da SulAmérica uma aproximação maior dos integrantes do comitê de auditoria com o diretor de tecnologia de informação (CIO, na sigla em inglês). De acordo com o estudo da KPMG, é preciso que os comitês de auditoria atentem mais à influência da internet e da tecnologia sobre a segurança dos controles internos.

Desde março, o comitê de auditoria da SulAmérica é estatutário. A medida, aprovada em assembleia extraordinária no dia 30, é o primeiro passo da seguradora para se adequar à Instrução 509 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Lançada em novembro de 2011, a regra autoriza a troca da firma de auditoria a cada dez anos — em vez de cinco, como requer a norma de rodízio de auditorias — às companhias que instalarem o comitê de auditoria estatutário, formado por, no mínimo, três membros, sendo a maioria deles independente e todos conselheiros de administração. Diretores e outros funcionários da companhia não podem participar. Atualmente, a KPMG é a firma de auditoria da SulAmérica.

O procedimento de autoavaliação não é novo na seguradora. Em 2008, a companhia implantou essa prática para o conselho de administração. Uma das fraquezas identificadas por esse processo foi a falta de proximidade dos integrantes do board com os negócios da SulAmérica. Como solução, a empresa criou um programa que incentiva os conselheiros a vivenciarem o dia a dia da empresa em atividades que incluem desde o atendimento de clientes via call center até a participação em eventos para investidores. “Assim, eles passaram a discutir certas questões práticas com mais propriedade, o que é essencial, uma vez que somos uma empresa de serviços”, conclui D’Amoed.


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