As companhias abertas brasileiras terão que aplicar o padrão contábil internacional (IFRS, na sigla em inglês) e os novos pronunciamentos contábeis brasileiros (CPCs) na sua próxima demonstração financeira anual, relativa a 2010. A adoção do IFRS e do CPC não é uma tarefa fácil. Porém, uma das vantagens que temos no Brasil é a experiência obtida com esse processo em outros países.
Para se familiarizar com as principais mudanças, é interessante buscar exemplos de empresas que já elaboram demonstrações financeiras de acordo com o IFRS ou anteciparam a adoção dos novos CPCs em 31 de dezembro de 2009 e compará-las com as elaboradas segundo o padrão anterior. Deve-se atentar para a descrição das práticas contábeis, o volume de informações, os quadros e, finalmente, a nota de reconciliação entre o novo padrão contábil e o anterior.
Adicionalmente, ou como alternativa, é preciso trabalhar com demonstrações financeiras ilustrativas. Mesmo que sejam conforme o IFRS, elas oferecem noções dos novos CPCs. A PwC desenvolveu um modelo de demonstrações financeiras intitulado: “IFRS Primeira Adoção S.A.”, que está disponível no endereço: www.pwc.com/br/guia-demonstracoes-financeiras.
O segundo passo é identificar suas necessidades para ter claro quais informações é preciso gerar. Por exemplo, no caso de uma companhia aberta que, além de atender a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tem de cumprir exigências de outros reguladores, é necessário manter controles para obter as diferentes informações. As necessidades variam de acordo com o perfil da empresa.
Com uma noção mais clara do produto final, é preciso definir como chegar lá e como incorporar os procedimentos no dia a dia. Para isso, é necessário definir a metodologia de implementação de um novo princípio contábil, o chamado “projeto de conversão”. A maioria deles utiliza a seguinte metodologia:
Fase 1: desenvolver estudo preliminar ou “diagnóstico” – identificar as principais diferenças entre as práticas contábeis atuais e os novos CPCs, incluindo identificação de eventuais transações ou contratos atualmente não contabilizados (ex.: derivativos embutidos em contratos com fornecedores, dentre outros).
Fase 2: a) determinar, com base no resultado da Fase 1, o tamanho e as necessidades do projeto de conversão e apurar numericamente os efeitos das mudanças para o novo padrão. Os assuntos de maior complexidade devem ser discutidos com especialistas; b) elaborar as reconciliações entre o padrão contábil anterior e o novo padrão para o balanço e para o resultado e c) especificar e redesenhar os sistemas de informações.
Fase 3: a) incorporar, necessariamente, o novo padrão contábil no dia a dia nos sistemas da companhia, inclusive com adaptação ou desenvolvimento nos relatórios financeiros utilizados internamente pela administração, na apuração dos resultados para a determinação de metas de bônus para os funcionários e em tantas outras atividades afetadas pela conversão do padrão contábil. Essa é a fase da chamada mudança integrada (Embedding) e b) produzir um manual de práticas contábeis.
O processo de adoção de um novo padrão contábil não é uma tarefa fácil. Portanto, quanto mais cedo iniciá-lo, melhor será o planejamento e maiores serão as chances de sucesso.
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