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Os erros do crescimento

Toda primeira experiência é merecedora de uma dose extra de tolerância. Erros fazem parte de um processo construtivo de aprendizado e quase sempre são mais educadores que um acerto casual. Infelizmente, não são só os equívocos desse tipo, fruto de uma intenção genuína de acertar, que marcaram a primeira leva de informações requeridas pelas instruções 480 e 481 da CVM, inauguradas este ano. Descuidos claros no trato dos números, informações evasivas ou desconexas e flagrantes repetições de textos em relatórios de companhias distintas foram algumas das imperícias identificadas pelo escrutínio dos repórteres Luciana Tanoue e Silvio Muto sobre as convocações de assembleia e os Formulários de Referência (confira-as na página 14 desta edição).

Tampouco é comemorável a estreia das plataformas de votação eletrônica, incentivadas pela Instrução 481. Pouquíssimos acionistas aderiram a esses sistemas criados para facilitar o envio de procuração para uma assembleia. Nós testamos uma das plataformas oferecidas e não tivemos sorte. Com o objetivo de votar em duas assembleias, consumimos um dia e meio de trabalho em sucessivas tentativas para instalar os programas necessários. Os investidores estrangeiros — em tese, os mais beneficiados pela novidade — aprovaram a iniciativa. Mas o fato de algumas empresas usarem a plataforma e outras não criou-lhes dificuldades operacionais.

Não há dúvida de que as novas instruções submeteram as companhias abertas — e também os investidores — a uma realidade muito mais exigente. E é nessas horas que cabe a nós, jornalistas, ressaltar os méritos e expor as deficiências, visando ao aprimoramento de todos. Ao serem confrontadas com requisitos rigorosos de transparência, as empresas revelam não apenas as informações previstas na norma, mas também a forma como pensam e atuam os seus gestores. Não se deve descartar o argumento de que o tempo foi curto para preparar os novos materiais. Mas para certos enganos simplesmente não há justificativa.

O lado bom é que estamos no sentido certo, em busca de informações mais detalhadas e analíticas para os investidores. Os primeiros dados sobre a remuneração dos administradores, por exemplo, já permitem alguns diagnósticos novos e relevantes, como mostra a reportagem de capa. Mais transparência parece ser o destino das companhias abertas em todo o mundo. Resistir a ela pode significar apenas perda de tempo e de prestígio.


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