O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara sua segunda oferta pública de um exchange traded fund (ETF), fundo lastreado em índice com cotas negociadas na bolsa de valores. A primeira incursão do banco de fomento no lançamento de fundos listados foi o Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB), que replicava a carteira do IbrX-50, em 2004. Na próxima experiência, a cesta de ações será a do Índice de Carbono Eficiente (ICO2), composto de companhias do IbrX-50 que concordaram em divulgar seus relatórios de emissão de gases de efeito estufa.
Na carteira, quem polui menos ganha mais participação. A opção do BNDES pela oferta pública, caminho distinto do que vem sendo trilhado pelos demais ETFs em operação no País, tem uma justificativa: dar liquidez e acesso facilitado aos pequenos investidores. “Com a oferta pública, um número maior de investidores terá acesso às cotas”, explica Otávio Lobão Vianna, chefe do departamento de operações de meio ambiente do BNDES. Isso significa que muitos participantes de pequeno porte poderão, logo na estreia do fundo, diversificar suas carteiras através do ETF. Sem oferta pública, a alternativa seria comprar cotas do ETF ou no mercado secundário ou convertendo cestas de ações em cotas. Porém, essa segunda opção pode sair cara para alguém com poucos recursos.
Para turbinar o interesse dos investidores, o BNDES ainda estuda incorporar ao novo ETF incentivos semelhantes aos do PIBB. Na ocasião, o fundo ofereceu a garantia de recompra das ações pelo mesmo preço pago na oferta pública caso, após um ano, a rentabilidade fosse negativa. Segundo o banco estatal, se as condições do mercado se mostrarem favoráveis, o ETF do ICO2 será lançado ainda neste semestre.
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