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O mercado que queremos

Não é apenas coincidência o fato de duas capas consecutivas da CAPITAL ABERTO tratarem de ameaças ao bom funcionamento do mercado de capitais. Faz parte da nossa linha editorial jogar luz sobre invenções que possam significar problemas no longo prazo. Na capa anterior, chamamos a atenção para as dificuldades que as companhias e os reguladores podem enfrentar com a disseminação dos total return swaps (TRS), derivativos que permitem entrar na base acionária de companhias abertas sem ser identificado.

Nesta edição, o alerta é para os exchange traded funds (ETFs) — fundos de índice negociados em bolsa que se alastram pelo mundo e começam a incomodar. Cativantes por sua praticidade, eles ganham investidores em toda a parte, mas carregam consigo a enorme responsabilidade de pilotar os mercados por mares nunca antes navegados. Aos ETFs e aos TRS somam-se as plataformas de negociação em alta frequência, os ambientes escuros de negociação (dark pools), os aluguéis de ações (com toda a sorte de artifícios que eles podem gerar), as securitizações indecifráveis, o uso indiscriminado de derivativos pelas companhias, e por aí vai.

Inovações são sempre bem-vindas, mas nunca é demais olhar para elas com certo ceticismo. Cabe aos reguladores avaliar se os benefícios das novas soluções compensam os seus custos no longo prazo. Sem dúvida essa análise não é simples, principalmente se considerarmos a complexidade desses instrumentos e a velocidade com que eles se propagam. Mas o que está em jogo é o mercado de capitais que se quer ter e que é sustentável. Até que ponto devemos abrir espaço para veículos como os ETFs, que apagam os fundamentos das companhias listadas e movem os preços das ações negociadas nas bolsas de valores de forma automática?

Ainda bem que nem toda inovação é assim tão complexa. Também nesta edição falamos de gestores de recursos que farejam ativos alternativos para diferenciar suas carteiras — como vinhos, obras de arte e florestas. Nesse caso, conhecer bem os investimentos é um pressuposto essencial, e a praticidade está longe de ser um atributo. É confortante notar que os agentes maduros e criativos da atualidade exploram caminhos tão diferentes entre si.


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