Noruega obriga mínimo de 40% de mulheres nos conselhos

O que era uma recomendação virou lei. A partir de 1º de janeiro, todas as companhias norueguesas listadas na Bolsa de Oslo passaram a ser obrigadas a ter pelo menos 40% dos assentos do conselho de administração destinados às mulheres. O não cumprimento pode resultar em deslistagem da empresa na bolsa de valores, ou até em dissolução das companhias por ordem do governo.

A iniciativa começou com as estatais, que passaram a ser obrigadas por lei, desde 2004, a manter conselhos com, no mínimo, 40% de representantes de cada sexo. Para o setor privado, a adoção da regra era voluntária. Entretanto, após constatar, em julho de 2005, que apenas 16% dos assentos eram ocupados por mulheres, o governo decidiu expandir a exigência para todos. De acordo com o website da empresa de governança corporativa RiskMetrics, em janeiro de 2007, 24,6% dos cargos nos conselhos eram de mulheres. Como existem atualmente cerca de 500 empresas de capital aberto na Noruega, estima-se que elas tiveram de recrutar mil novas conselheiras e ainda terão de contratar outras 500.

Segundo a revista britânica The Economist, muitas companhias têm reportado dificuldade em encontrar candidatas com experiência compatível. Como resultado, as mulheres mais qualificadas têm ficado sobrecarregadas. Algumas chegam a integrar de 25 a 35 conselhos, passando a ser chamadas de saias douradas (golden skirts) pela comunidade empresarial do país. O exagero no número de assentos ocupados por essas conselheiras tem levado investidores a se preocuparem com a prática de overboarding, ou excesso de conselhos, que pode comprometer a dedicação e a capacidade de supervisão desses órgãos.

Em relação ao restante do mundo, o país mostra-se bastante avançado. De acordo com o relatório de 2007 sobre representação em conselhos da Corporate Women Directors International, as mulheres ocupam apenas 11,2% dos assentos nos conselhos das 200 maiores empresas do mundo. Nos Estados Unidos, elas ocupam cerca de 17,6% das vagas, contra 19% na Suécia e 14% no Reino Unido. Entre os países desenvolvidos com menor representação feminina nos conselhos estão a França (7,6%), a Itália (2,9%) e o Japão (1,3%).


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