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Momento de captar
Crescimento forte, interesse dos estrangeiros e desaceleração do motor do BNDES criam ótimas perspectivas para ofertas de ações e de dívida
  • Roberto Rockmann
  • janeiro 1, 2011
  • Captação de recursos, Bimestral, Reportagens, Temas, Edição 89
  • . Abertura de Capital/IPO, debêntures, captação de recursos, Notas Promissórias, CRI, Secutirização, FIDCs

As apostas dos executivos do mercado financeiro para o movimento de ofertas iniciais de ações (IPOs) este ano estão lançadas. Uma das operações que promete causar frisson é a da unidade de fertilizantes da Vale, que pretende investir US$ 12 bilhões no segmento até 2014, incluindo depósitos minerais no Brasil e no exterior, para se tornar uma das líderes mundiais em insumos agrícolas. Alguns analistas estimam que a oferta poderá movimentar mais de US$ 5 bilhões. Grandes expectativas também se concentram na oferta primária do Magazine Luiza, uma das três maiores redes de varejo do Brasil, esperada há um bom tempo pelo mercado e prevista para sair no primeiro semestre. As duas emissões dão o tom do que promete ser o movimento de aberturas de capital em 2011. O sócio da área de IPOs da Ernst & Young Terco, Paulo Sérgio Dortas, espera mais de 30 ofertas iniciais.

O mercado interno aquecido, o pacote de estímulos lançado pelo governo em dezembro, os estrangeiros interessados em ativos brasileiros e a dificuldade do BNDES em ampliar sua carteira de financiamento para atender à demanda de mais de R$ 1,5 trilhão em projetos nos próximos anos são algumas das razões para o otimismo. Em 2010, até a primeira semana de dezembro, foram registradas 23 ofertas públicas, dentre IPOs e follow-ons. Esse montante foi inchado pela megacapitalização da Petrobras, concretizada em setembro, que sozinha envolveu R$ 120 bilhões. “Em 2011, devemos ter mais operações do que as registradas em 2010, mas o volume total será menor”, diz o diretor de investment banking do Bradesco BBI, Fabio Mentone. Segundo ele, as empresas ligadas ao mercado interno, como as que atuam em infraestrutura, logística e varejo, vão liderar as ofertas em bolsa. “As perspectivas são positivas com o aumento do poder de consumo das classes C e D, as perspectivas de investimentos com as realizações da Copa do Mundo e da Olim-píada e a exploração de petróleo da camada pré-sal.

Com o mercado aberto para alongar prazos a custos mais baixos, a emissão de notas promissórias
tende a cair

Para o primeiro semestre, são esperados IPOs como o da rede de shoppings Sonae Sierra, o da fabricante de autopeças Autometal e o do braço de óleo e gás da Queiroz Galvão. “O ritmo de trabalho para aberturas de capital no escritório está intenso”, afirma a advogada Daniela Anversa Sampaio Doria, sócia da área de mercado de capitais do Pinheiro Neto Advogados. Ela atua em três casos — o da Sonae, o da Autometal e o de um grupo ligado ao agronegócio que ainda não tornou pública a sua intenção. “Há ainda muitos pedidos de propostas feitos por bancos de investimentos, o que revela a possibilidade de um ano bastante forte”, pondera a advogada. Ela não acredita que o movimento venha a superar o de 2007, quando 64 empresas abriram o capital, um recorde histórico. “O mercado está mais seletivo”, observa.

Tanto nos IPOs quanto nos follow-ons os estrangeiros deverão continuar respondendo pela maior parte da demanda. “Eles estão muito interessados em ativos brasileiros”, afirma Mentone, do Bradesco BBI. Nos últimos anos, responderam por cerca de 70% da compra de papéis, enquanto o varejo e os institucionais dividiram a fatia restante. Esse reparte, segundo o executivo, não deve ser alterado em 2011. Em relação ao porte das operações, a maioria deve continuar com liquidez acima de R$ 1 bilhão, mas emissões menores também tendem a aparecer. “Devemos assistir a alguns follow-ons, com operações de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões”, avalia Mentone.

Além das ações, as debêntures prometem atrair o empresariado. A razão não é apenas o interesse dos emissores em alongar prazos e reduzir custos, mas também o pacote de estímulos fiscais ao financiamento de longo prazo anunciado pelo governo no dia 15 de dezembro. Dentre as medidas divulgadas, está a desoneração do Imposto de Renda para pessoa física (alíquota zero), pessoa jurídica (redução para 15% definitiva) e investidor não residente (alíquota zero) incidente sobre os rendimentos de debêntures voltadas para projetos de infraestrutura. Outra novidade foi a autorização para que as instituições financeiras destinem até três pontos percentuais do compulsório sobre depósitos a prazo para criação de um fundo de liquidez, visando a movimentar o mercado secundário de títulos privados.

No governo, a estimativa é que essas iniciativas representem a emissão de até R$ 15 bilhões de debêntures em 2011. No setor privado, a expectativa também é elevada. “As medidas irão representar um aumento das emissões e da demanda dos investidores estrangeiros, que estão mais habituados a curvas de rendimento de longo prazo”, declara o sócio da área de mercado de capitais do Mattos Filho Advogados, José Eduardo Carneiro Queiroz. A redução de tributação das debêntures incrementa a rentabilidade dos papéis ao longo do tempo.

Segundo um executivo do setor de infraestrutura, uma das candidatas a emitir debêntures sob essa nova modelagem é a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Pará e planejada para ser uma das três maiores do mundo quando entrar em operação em 2015. O governo estimulou a criação de sociedades de propósito específico que possam emitir debêntures, enquanto o investidor desses papéis terá desoneração tributária. “A usina de Belo Monte é um empreendimento de R$ 20 bilhões, e parte do financiamento está ainda em aberto”, relata o executivo.

Empresas interessadas em dar seus primeiros passos no mercado de capitais também estão atentas ao segmento. “Há dois mandatos no escritório de empresas que estão ‘abrindo o capital’ com debêntures, uma forma de testar o mercado e ver como é o relacionamento com os investidores, sem ingressar ainda na Bolsa”, informa Daniela, do Pinheiro Neto Advogados.

Também deverão ter destaque as emissões de debêntures sob a Instrução 476 da CVM, que prevê ofertas com esforços restritos. Até novembro, elas respondiam por 63% dos cerca de R$ 40 bilhões captados com o título. “As emissões via 476 são muito mais ágeis e demoram metade do tempo, porque não passam pelo processo integral da CVM, que pode levar de três a quatro meses. Sua demanda será crescente”, garante o sócio da área de mercado de capitais do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, Guilherme Malouf.

Com o mercado aberto para alongar prazos a custos mais baixos, deverá cair a emissão de notas promissórias, instrumentos de captação de curto prazo. Em 2010, até novembro, as emissões foram 23% menores em comparação com igual período de 2009, chegando a R$ 14,8 bilhões. “A tendência é que, com o novo cenário da economia, elas tenham participação cada vez mais reduzida”, espera Alberto Kiraly, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

“Em 2011, devemos ter mais ofertas de ações do que as registradas em 2010, mas o volume total será menor”

MAIS CRÉDITO, MAIS RECEBÍVEIS — O desemprego em queda, a alta da renda e o crédito mais acessível têm impulsionado também o setor imobiliário e a demanda por securitização de recebíveis. O financiamento ao segmento, que em 2010 pode chegar a 3,9% do PIB, deverá atingir aproximadamente 15% do PIB em 2014, segundo estimativas do Bradesco. Para que essa expansão se concretize, será preciso ampliar as formas de financiamento ao setor, hoje bastante sustentadas nos recursos da caderneta de poupança. “Em 18 a 24 meses, a poupança poderá sofrer com escassez de recursos e, para acompanhar o crescimento do segmento, as cotas de FIDCs e os CRIs deverão ganhar espaço”, esclarece Kiraly, da Anbima.

Atualmente, o crédito imobiliário vem crescendo a 50% ao ano, enquanto a captação da poupança se expande a taxas mais modestas, perto de 20%, o que explica o descompasso. De janeiro a novembro, o volume de emissões de cotas de FIDCs teve alta de 121%, para R$ 11,7 bilhões; o de CRIs subiu 124%, para R$ 6,7 bilhões.

O governo também anunciou incentivos à securitização do crédito imobiliário, com destaque para os CRIs. Hoje, os bancos são obrigados a direcionar 65% dos depósitos recebidos em caderneta de poupança a empréstimos habitacionais, mas têm tido dificuldade em alcançar essa meta. Quando um banco vende seu crédito imobiliário para uma empresa securitizadora, que vai emitir os CRIs, ele fica ainda mais distante do objetivo, pois os recebíveis cedidos saem de sua carteira imediatamente após a transferência. A nova regulamentação permite que o banco, ao vender o crédito imobiliário, não tenha de retirar, de uma só vez, o valor do cálculo do direcionamento. A retirada será gradual, parcelada em 36 meses. Ou seja, quando venderem os créditos imobiliários, os bancos terão mais tempo para recompor essa carteira gradualmente para atingir a meta de 65% dos recursos voltados à habitação, ganhando maior flexibilidade. “Isso será um incentivo a mais para esses certificados”, reconhece o advogado Carneiro Queiroz, do Mattos Filho.

Os FIDCs também poderão crescer junto com os projetos da Petrobras. A companhia está concluindo uma megalicitação para contratação de 30 sondas, um negócio que poderá movimentar US$ 30 bilhões. “Fornecedores poderão usar mais esses papéis para financiar projetos como os de plataformas”, prevê Malouf, do Machado, Meyer. Em 2009, foi feita a primeira emissão de um FIDC de fornecedores da estatal, numa operação de R$ 80 milhões.

A crise na Europa e seus desdobramentos preocupam o mercado, mas, com os juros negativos em grande parte do mundo, os investidores internacionais estarão cada vez mais interessados em retornos elevados. O Brasil se destaca nesse contexto, com uma taxa de juro real de 5,5% ao ano, uma economia com perspectiva de crescer mais de 4% em 2011 e uma carteira consistente de encomendas em infraestrutura. Apenas a Petrobras estima investir US$ 224 bilhões entre 2010 e 2014. Estudo do BNDES aponta que, para cada dólar aplicado pela estatal, outro US$ 1,6 deverá ser investido por fornecedores para atender aos pedidos. Ou seja, apenas o setor de óleo e gás poderá representar mais de US$ 400 bilhões em recursos até 2014.


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