A força econômica do Brasil fez dele um ator de destaque no campo das relações internacionais. Apesar dos pitacos controversos, principalmente quando estão no alvo vespeiros como Irã, Honduras ou Síria, o Itamaraty só vê crescer a sua relevância no cenário mundial. Agora, é a vez de essa diplomacia chegar ao mercado de capitais. A Brain, organização criada por entidades do segmento para fazer do Brasil um centro financeiro internacional, pretende colocar o pé na estrada nos próximos meses para convencer nossos vizinhos da importância de um mercado integrado latino-americano.
Uma boa notícia, sem dúvida. Estava mais do que na hora de começar esse movimento. A BM&FBovespa assume um papel relevante no xadrez dos mercados globais. É a quarta mais valiosa bolsa do mundo, o que a coloca em posição privilegiada para engolir outras se esse for, em algum momento, o seu objetivo. Alinhavar parcerias na América Latina é um passo óbvio e primordial nesse contexto.
É fundamental, contudo, que esse avanço seja conduzido com sabedoria. Movimentos de consolidação geram animosidades difíceis de contornar em países que se sentem colonizados. As tentativas de junção das bolsas de Londres e Canadá, e também de Cingapura e Austrália, são exemplos recentes de rejeições implacáveis. A favor da sua proposta, a Brain tem o sucesso do Novo Mercado e o avanço da regulamentação brasileira, que agregariam valor e experiência aos companheiros da região. Por enquanto, a bolsa brasileira não está falando de comprar ninguém nas redondezas — apenas de parcerias operacionais para unir os mercados. Mas a pujança da sua capitalização pode levar alguns a crer que esse é o plano.
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