Pesquisar
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Menu
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Assine
Pesquisar
Fechar
Mais que uma opinião
Os ratings não podem ser comparados às informações publicadas pela mídia e equipes de sell side
  • Luiz Fernando Araújo
  • agosto 1, 2009
  • Legislação e Regulamentação, Temas, Edição 72
  • . Ratings, sell side

Um dos principais defensores da desregulamentação dos mercados, o ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, em depoimento histórico no Congresso norte-americano, no auge da crise financeira, fez uma autocrítica sobre sua crença na capacidade dos mercados de se autorregular: “Aqueles de nós que contavam que as instituições financeiras, em seu próprio interesse, protegeriam o patrimônio de seus acionistas, estão em estado de chocante incredulidade.”

Muitas vezes entende-se, equivocadamente, que a regulação tem como objetivo apenas a defesa dos interesses do investidor. Na verdade, para que o sistema financeiro funcione de forma satisfatória, é fundamental a existência de confiança no cumprimento não apenas das regras impostas pela legislação, mas também na observação das normas de boa convivência adotadas pela comunidade. A reputação do profissional de finanças, por exemplo, é um ativo valioso. E esse é um dos motivos que levam algumas entidades de classe a criarem códigos de autorregulação.

Nesse aspecto, as agências de rating têm apresentado uma posição discrepante dos demais agentes do mercado financeiro, que espontaneamente aderem às iniciativas de autorregulação. Como argumento, afirmam que seus serviços deveriam ser percebidos como os de cunho jornalístico e, portanto, garantidos pelo direito de liberdade de expressão.

Essa interpretação seria bastante razoável se a opinião emitida por essas agências na forma de ratings fosse apenas mais uma fonte de informação, equivalente às publicadas pela mídia especializada e pelas equipes de análise dos bancos de investimento. O fato é que, no contexto regulatório atual, os ratings são mais que uma simples opinião sobre determinado ativo; são medidas objetivas do risco do investimento. O gestor de recursos deve observá-las, sob pena de faltar com seu dever fiduciário.

Nos Estados Unidos, a denominação de National Recognized Statistical Rating Organizations (NRSRO), adotada pela Securities and Exchange Commission (SEC), restringiu essa atividade a poucas agências credenciadas. Atualmente, a SEC reconhece apenas dez instituições como NRSRO. Dessa forma, praticamente determina a concentração de mercado nas três principais empresas (Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch), colocando-as quase numa posição de regulador dos mercados de crédito. No Brasil, em várias situações, a exigência de rating das agências é observada. Por exemplo, no registro de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com todo esse aparato legal respaldando sua atuação, as agências certamente foram um dos principais responsáveis pelo crescimento do mercado de securitização, atribuindo às várias e complexas estruturas lastreadas nesses títulos (SIV, CDO, MBS, etc.) ratings equivalentes ao dos títulos do Tesouro norte-americano. No entanto, como constatamos nos últimos meses, várias dessas estruturas simplesmente viraram pó, levando junto instituições financeiras centenárias como Lehman Brothers, Bear Sterns e AIG.

A conveniência e o desafio da regulação dessa atividade pela CVM, neste momento, é justamente a de agregar um agente externo que estabeleça regras de atuação para as agências, sem, evidentemente, inviabilizar o modelo de negócio dessas organizações. É importante que essas regras levem em conta o potencial de conflito de interesses que existe na relação comercial com os emissores, que, no intuito de viabilizar suas colocações, e na condição de contratantes do serviço, exercem pressão demasiada sobre as agências para obtenção de ratings otimistas.


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.

Quero me cadastrar!

Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.

Quero conhecer os planos

Já sou assinante

User Login!

Perdeu a senha ?
This site is protected by reCAPTCHA and the Google
Privacy Policy and Terms of Service apply.
Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais

Quero conhecer os planos


Ja é assinante? Clique aqui

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras,
gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

No Brasil e no mundo, empresários se movimentam em favor da democracia

Miguel Angelo

Investidores estrangeiros fogem dos mercados emergentes

Redação Capital Aberto

Gestoras de private equity miram companhias abertas

Redação Capital Aberto

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras, gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

No Brasil e no mundo, empresários se movimentam em favor da democracia

Miguel Angelo

Investidores estrangeiros fogem dos mercados emergentes

Redação Capital Aberto

Gestoras de private equity miram companhias abertas

Redação Capital Aberto

Para que servem as assembleias gerais?

Raphael Martins

O castelo de cartas que destrói o mercado de moedas digitais

Ana Carolina Monteiro
AnteriorAnterior
PróximoPróximo

mais
conteúdos

Iniciativas dedicadas a combater o segundo maior vilão do aquecimento global ganham força, inclusive no Brasil

Metano entra no radar de investidores e governos

Miguel Angelo 24 de abril de 2022
ESG: Em pesquisa feita pela Harris Pool, 60% dos executivos admitem que suas companhias praticaram greenwashing

ESG de mentira: maioria de executivos admite greenwashing

Carolina Rocha 24 de abril de 2022
Evandro Buccini

O crédito para empresas no contexto de juros em alta

Evandro Buccini 24 de abril de 2022
A intrincada tarefa de regular criptoativos

A intricada tarefa de se regular os criptoativos

Erik Oioli 24 de abril de 2022
Guerra na Ucrânia incentiva investidores a tirar capital da China e direcionar recursos para outros emergentes

Dinheiro estrangeiro busca a democracia e aterrissa no Brasil

Paula Lepinski 24 de abril de 2022
O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

Pedro Eroles- Lorena Robinson- Marina Caldas- Camila Leiva 20 de abril de 2022
  • Quem somos
  • Acervo Capital Aberto
  • Loja
  • Anuncie
  • Áudios
  • Estúdio
  • Fale conosco
  • Escreva um artigo
  • 55 11 98719 7488 (assinaturas e financeiro)
  • +55 11 99160 7169 (redação)
  • +55 11 98719 7488 (cursos e inscrições | atendimento via whatsapp)
  • +55 11 99215 9290 (negócios & patrocínios)
Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss
Quer submeter um artigo à avaliação dos nossos editores?

Mande um e-mail para [email protected] com a sua proposta de pauta e avaliaremos. 
Agradecemos desde já pelo interesse em colaborar!

Cadastre-se
assine
Minha conta
Menu
  • Temas
    • Bolsas e conjuntura
    • Captações de recursos
    • Gestão de Recursos
    • Fusões e aquisições
    • Companhias abertas
    • Legislação e Regulamentação
    • Governança Corporativa
    • Negócios e Inovação
    • Sustentabilidade
  • Conteúdos
    • Reportagens
    • Explicando
    • Coletâneas
    • Colunas
      • Alexandre Di Miceli
      • Alexandre Fialho
      • Alexandre Póvoa
      • Ana Siqueira
      • Carlos Augusto Junqueira de Siqueira
      • Daniel Izzo
      • Eliseu Martins
      • Evandro Buccini
      • Henrique Luz
      • Nelson Eizirik
      • Pablo Renteria
      • Peter Jancso
      • Raphael Martins
      • Walter Pellecchia
    • Artigos
    • Ensaios
    • Newsletter
  • Encontros
    • Conexão Capital
    • Grupos de Discussão
  • Patrocinados
    • Blanchet Advogados
    • Brunswick
    • CDP
    • Machado Meyer
  • Cursos
    • Programe-se!
    • Cursos de atualização
      • Gravações disponíveis
      • Por tema
        • Captação de recursos
        • Funcionamento das cias abertas
        • Fusões e aquisições
        • Gestão de recursos
        • Relações societárias
    • Cursos in company
    • Videoaulas
    • Webinars
  • Trilhas de conhecimento
    • Fusões e aquisições
    • Funcionamento de companhia aberta
  • Loja
  • Fale Conosco

Siga-nos

Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.

quero assinar