Relatórios financeiros fraudulentos de empresas chinesas preocupam agentes do mercado há algum tempo, e, agora, a Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado norte-americano, demonstra que está disposta a tomar atitudes a respeito. O que preocupa a SEC são as companhias baseadas na China, mas listadas nos Estados Unidos por meio das chamadas fusões reversas (reverse mergers). Nesse processo, uma empresa listada é incorporada por uma companhia fechada, permitindo-lhe usufruir os benefícios de ser aberta sem ter de encarar as burocracias de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
No fim de fevereiro, a SEC acusou a petroquímica Keyuan, sediada na China e listada nos Estados Unidos desde 2010, de não revelar adequadamente a seus investidores várias transações com partes relacionadas. Além disso, a empresa operava um balanço secreto destinado a pagar bônus, aluguéis e despesas com viagem e entretenimento de seus diretores. Também estavam registrados nesses balanços presentes (alguns em dinheiro) para membros do governo chinês. A companhia e o ex-diretor financeiro Aichun Li concordaram em pagar pouco mais de US$ 1 milhão para firmar um acordo com o regulador.
O CFA Institute, associação de investidores profissionais, comentou em seu site que o aprimoramento do trabalho dos reguladores não pode demorar tanto no caso de companhias chinesas listadas em outros países. As empresas da China têm sido alvos de críticas constantes. A lei do país permite que certas informações sejam mantidas em sigilo por questões de segurança nacional, e muitas companhias usam essa prerrogativa para relaxar na transparência, dificultando o trabalho das firmas de auditoria e dos analistas.
Organismos internacionais também demonstram preocupação com a governança de empresas chinesas. Em setembro do ano passado, o Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB) firmou um acordo para observar o trabalho dos reguladores locais durante inspeções das firmas de auditoria no país.
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