A percepção de que os fundos de investimento imobiliários (FIIs) estão cada vez mais parecidos com as companhias de capital aberto acaba de ganhar um reforço. Está em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a colocação primária e secundária do BC Fund, criado em 2007. A operação soma mais de R$ 2 bilhões e terá esforço de venda concentrado no exterior.
Para dar suporte à colocação e atender à demanda de informações dos investidores estrangeiros, o BTG Pactual, coordenador da oferta e administrador do fundo, divulgou um prospecto nos mesmos moldes dos elaborados pelas companhias ao vender ações. São quase 600 páginas, que incluem seções não obrigatórias e pouco usuais nos prospectos de fundos de investimento. Uma delas é um sumário sobre o produto, que inclui um item dedicado aos seus pontos fortes. Vantagens como o porte do veículo — o BC Fund é hoje o maior em patrimônio líquido do País — e a carteira composta de imóveis de escritórios de alto padrão são destacadas. Outra novidade é a seção equivalente ao Management´s Discussion & Analysis (MD&A), espaço usado pela administração para analisar a situação financeira do fundo e avaliar o resultado das operações.
A evolução do prospecto do BC Fund tem como justificativa o desenvolvimento dos próprios FIIs. Eles não são mais veículos de investimento em um único imóvel, mas, sim, carteiras diversificadas que apostam na gestão dos imóveis, atuando na negociação dos valores dos aluguéis e na compra e venda de ativos. A sofisticação dos investidores é outro aspecto considerado. Por essa razão, segundo assessores que trabalharam na oferta do BC Fund, a tendência é investir cada vez mais em transparência e boas práticas de governança.
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