A Financial Services Agency (FSA) colocou em audiência pública uma série de propostas para aprimorar o nível de governança corporativa das companhias japonesas. Dentre elas, está a abertura da remuneração de cada diretor e auditor estatutário, cujo ganho no exercício fiscal atinja 100 milhões de ienes. A proposta solicita ainda que a companhia discrimine os tipos de pagamentos que foram feitos a esses profissionais (por exemplo, salário, bônus, stock options, entre outros) e explique a forma como sua política de remuneração é decidida e colocada em prática.

A FSA pede também maior transparência sobre o sistema de participação cruzada, comum nas empresas japonesas. Para isso, a companhia deve divulgar o número de ações que detém em outras empresas com essa finalidade, além de explicar detalhadamente o motivo de mantê-las e discriminar no balanço o número de ações correspondente a cada razão social. Isso quando tiverem sido adquiridas com propósitos estratégicos. Caso as ações tenham sido compradas apenas como investimento, a empresa deverá informar as quantidades totais no seu balanço patrimonial, bem como o montante dos dividendos recebidos, lucro ou perda de vendas, e avaliação de lucro ou prejuízo obtido com relação a essas ações.

Outra proposta é de que as companhias japonesas divulguem nos resultados de suas assembleias os números de votos a favor e contra, além das abstenções. Espera-se que, com essa iniciativa, seja possível obter um retrato mais claro das decisões tomadas pelos acionistas.