A poupança tem sido o principal veículo de financiamento da construção civil. Entretanto, as previsões são de que ela não será mais suficiente para sustentar o ritmo de crescimento do setor imobiliário no País. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) arrisca que, em 2013, essa fonte estará exaurida. Agora, com a redução da rentabilidade da poupança, a tendência é que essa insuficiência seja atingida ainda mais depressa. Isso porque a medida do governo incentiva os cidadãos a buscarem outros investimentos, drenando os recursos atualmente alocados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A lei determina que 70% do montante aplicado em poupança seja direcionado ao sistema.
Diante disso, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) podem crescer como nunca. Para começar, eles tendem a se tornar a fonte de recursos dos financiadores da construção imobiliária. Em segundo lugar, podem atrair os investidores insatisfeitos com os rendimentos de papéis públicos. “Eles vão procurar outros ativos que tenham rentabilidade diferenciada e sejam seguros”, salienta Moisés Jardim, diretor administrativo da Companhia Hipotecária Brasileira (CHB).
Por enquanto, as emissões de CRIs mantêm-se em linha com o ano passado. No dia 21 de maio, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisava sete ofertas de CRIs, que somavam R$ 237 milhões em volume. Outras 17 ofertas haviam sido registradas até então, com um volume de R$ 1,2 bilhão. Em 2011, de janeiro a maio, 18 emissões foram computadas, totalizando cerca de R$ 1,75 bilhão. Na mesma data, o volume de ofertas em análise de cotas de FIIs alcançava R$ 1,289 bilhão, e as emissões realizadas no ano somavam R$ 3,762 bilhões. Nessa modalidade, o crescimento é de 97%.
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