Segundo maior instituto de profissionais de relações com investidores do mundo, com cerca de 600 membros, o Canadian Investor Relations Institute (Ciri) está preocupado com uma possível adoção do voto consultivo sobre a remuneração dos administradores e altos executivos, conhecido como “say on pay”, no país. Em uma carta enviada à Ontario Securities Commission (OSC), reguladora do mercado de capitais local, o Ciri afirmou que o “say on pay” — agora obrigatório nos Estados Unidos — é simplista demais e dificulta um relacionamento construtivo entre as companhias e seus acionistas.
Para Tom Enright, presidente do Ciri, a natureza do “say on pay” — em que os acionistas manifestam sim ou não — reduz significativamente a capacidade do emissor de compreender a origem e a profundidade das preocupações dos acionistas em relação ao teor do pacote de remuneração dos executivos. Até porque o descontentamento geralmente abrange outras questões, como a performance financeira da companhia e a expertise de sua gestão.
O executivo cita ainda que o “say on pay” é um assunto relativamente novo para os acionistas canadenses. Uma pesquisa recente com membros do Ciri revelou que uma em cada cinco companhias dá aos investidores a opção de votar sobre a remuneração dos executivos. “Tendo em vista esses fatores, o Ciri acredita ser prematuro recomendar a adoção obrigatória do ‘say on pay’”, resume Enright.
Nos Estados Unidos, a novidade continua incomodando as companhias. Até o dia 25 de fevereiro, oito empresas tiveram suas propostas de remuneração desaprovadas pelos acionistas, segundo levantamento feito pela consultoria ISS.
A carta do Ciri foi enviada à OSC em resposta a um comunicado do regulador sobre uma possível reforma regulatória em assuntos que envolvam o exercício de voto pelos acionistas.
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