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Transparência comprometida
Companhias falham em divulgar dados sobre os comitês do conselho

, Transparência comprometida, Capital AbertoAs estatísticas do anuário deste ano mostram um recuo no percentual de companhias que divulgam publicamente a existência de comitês do conselho. Em 2011, esse percentual era de 75,76%; em 2012, caiu para 67%. Na visão de Pedro Henrique de Barros, professor da Fipecafi e responsável pela coleta de dados desta publicação, a queda deve-se muito mais a falhas de divulgação nos sites das empresas do que a uma redução da presença de comitês no conselho.

Dentre as companhias que reportaram possuir comitês, foi possível identificar comitês de auditoria em 45% delas, contra 54,55% na publicação do ano passado. Apesar da diminuição, Vasconcellos considera que o percentual é satisfatório e tende a crescer ano após ano. “Na posição de conselheiro, vejo cada vez mais o interesse das companhias na adoção desse comitê. Ele não é infalível, mas ao menos dá uma segurança aos acionistas de que alguns conselheiros estão analisando os números mais a fundo”, diz Paulo Vasconcellos, sócio da consultoria em governança corporativa Proxycon.

Um dos problemas enfrentados pelas companhias na adoção de comitês é não ter conselheiros suficientes para criar a quantidade de órgãos desejada. Considerando um conselho de sete membros, sendo um ou dois independentes, por exemplo, a criação de vários comitês torna-se difícil, já que as melhores práticas recomendam que pelo menos os coordenadores sejam independentes, e que o conselheiro se limite a atuar em dois comitês. Uma solução seria o aumento do número de conselheiros, mas essa hipótese é pouco provável, segundo Vasconcellos. E não é por escassez de profissionais, como muitas companhias argumentam. “O que existe é falta de interesse dos controladores em aumentar o número de conselheiros, em especial os independentes”, analisa.

Vasconcellos também critica o fato de os comitês de auditoria no Brasil não serem compostos em sua totalidade de membros independentes do board. “Na impossibilidade de que isso ocorra, as empresas deveriam ao menos indicar um conselheiro independente para chefiar o comitê”, salienta o consultor. Segundo as estatísticas coletadas neste anuário, o percentual de comitês de auditoria comandados por independentes atingiu 46,67% em 2012, contra 37,04% em 2011. Os percentuais refletem, também, uma prática comum entre as companhias de contratarem profissionais de mercado para compor e liderar seu comitê de auditoria, principalmente quando não há conselheiros dentro da organização com conhecimento profundo sobre o assunto.


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