O pensamento praticamente unânime é que a melhor maneira de alinhar os interesses de executivo e acionista é obrigar o diretor a raciocinar como um investidor de longo prazo. O problema é como fazer isso. Michelle Edkins, diretora de governança corporativa da gestora Blackrock, sugeriu um método diferente dos tradicionais modelos de remuneração, como opções de ações e entrega de ações com bloqueio de negociações por alguns anos. Para ela, o ideal é pagar os diretores com dinheiro e obrigá-los a comprar ações no mercado e retê-las por um prazo determinado. “Não é a política que a Blackrock usa, mas, na minha opinião pessoal, seria a forma mais adequada”, disse.
Ela não acredita, entretanto, que novas regulações para determinar políticas de remuneração sejam recomendáveis. São os acionistas que devem se engajar na busca pelo melhor modelo. “Demora muito tempo para desfazer uma regra equivocada”, disse.
Michelle participou de um painel sobre governança corporativa da International Organization of Securities Comissions (Iosco), hoje no Rio de Janeiro. Em entrevista à CAPITAL ABERTO, ela falou também sobre como a elevada posição da gestora em fundos de índice (ETF, na sigla em inglês) tem forçado uma postura mais ativa quando se trata de governança das empresas investidas. “Em geral, os investidores podem se desfazer de seus papéis se a empresa está mal gerida. Como estamos presos à ação porque seguimos o índice, não temos essa opção; temos que trabalhar por melhorias.”
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Tags: Iosco CAPITAL ABERTO mercado de capitais ETF BlackRock alinhamento de interesses executivo acionista Michelle Edkins Encontrou algum erro? Envie um e-mail
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