O bom governo

o-bom-governoDe todas as companhias avaliadas neste prêmio, três se destacaram no quesito governança: BRF, Natura e EDP. A gigante mundial da área de alimentos foi a que obteve pontuação mais alta. Adota diversas práticas inexistentes na maioria das empresas. Uma delas é avaliação do desempenho do conselho de administração e de seus membros individualmente. Também se destaca por facilitar ao máximo a democracia corporativa. Além de adotar uma plataforma online para votação dos sócios, tem o cuidado de enviar aos acionistas um convite personalizado, junto com o manual de assembleia, para estimulá-los a participar do encontro. “Incorporamos também ao manual outros documentos que possam suportar a tomada de decisão do investidor. A abordagem direta a acionistas e procuradores ajuda a umentar o quórum nas assembleias”, afirma Edina Biava, gerente de governança corporativa da BRF.

Depois dela, a EDP e a Natura obtiveram as melhores notas — aparecem empatadas. A fabricante de cosméticos também é conhecida por incentivar a participação dos investidores nas assembleias. Há cinco anos, realiza sua assembleia em formato parecido ao de empresas americanas como a Berkshire Hathaway, do investidor Warren Buffett. No encontro, os acionistas minoritários podem fazer perguntas aos controladores e executivos sobre a estratégia da companhia. Duas questões têm sido recorrentes nas reuniões: as possibilidades de a empresa atuar complementarmente no varejo e de ampliar a internacionalização de suas operações, sobretudo em territórios não desbravados, como o africano. “Ao longo deste tempo, temos tido um retorno muito positivo, não só com o aumento da presença dos acionistas, mas com questões instigantes”, destaca Moacir Salzstein, diretor de governança corporativa da Natura.

Companhia de geração, comercialização e distribuição de energia elétrica, a EDP também apresenta uma estrutura de governança exemplar. Um de seus diferenciais é divulgar uma política de doação a campanhas eleitorais — prática adotada por pouquíssimas empresas. Quando o assunto é o conselho de administração, a EDP também faz mais do que precisa. O órgão tem mais de 30% de membros independentes — a exigência de seu nível de listagem, o Novo Mercado, é 25%.

A elétrica também valoriza uma relação próxima com seus investidores, a maioria deles (89%) estrangeira. “Neste ano fizemos um controle de contenção de custos e, por isso, produzimos menos eventos internacionais. Mas em 2013 e 2012, por exemplo, viajamos para regiões novas, tais como Dubai, Milão, Estocolmo, Copenhagen, Sidney, Tóquio e Cingapura”, afirma Miguel Amaro, vice-presidente de finanças e relações com investidores da EDP.


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