A dedicação das empresas brasileiras a atividades voltadas ao conceito de governança precisa evoluir consideravelmente nos próximos anos. Apesar de reconhecer a importância das boas práticas de compliance e de gestão, grande parte das corporações ainda não se sente capacitada para lidar com questões originadas da boa governança em relação a terceiros. Essa é a principal conclusão de enquete feita pela Deloitte em 2016 durante o workshop “Grau de maturidade da governança de terceiros e gestão de riscos”, que contou com a participação de diretores, gerentes, coordenadores e analistas de companhias com atuação em diversos segmentos.
Segundo o levantamento, 56% dos respondentes afirmam que o relacionamento de suas empresas com terceiros não está suficientemente mapeado e gerenciado de modo estruturado; além disso, a gestão de contratos não é realizada de maneira efetiva, na avaliação dessa parcela dos executivos ouvidos.
“O modelo de governança e gerenciamento de terceiros deve considerar o relacionamento em todos os estágios de interação para os negócios, bem como acompanhar e mensurar os riscos inerentes ao longo de toda a cadeia de valor, tendo sempre como referência os objetivos e diretrizes estabelecidos pela alta administração das empresas”, explica Alex Borges, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte.
A enquete mostra ainda que, apesar de a insegurança dos contratantes em relação a terceiros ainda ser grande, 30% dos participantes consideram que a organização em que atuam está preparada para atender às regulamentações e requisitos internos ligados às práticas de governança. O dado sugere que, mesmo diante de um cenário ainda desafiador, o mercado brasileiro está em processo de evolução, sinalizando um futuro mais consciente e seguro em relação à governança das corporações.
Visão global
Os resultados da pesquisa “Third Party Governance and Risk Management”, feita com cerca de 170 organizações de diversos países, indicam que as principais preocupações nos contatos com terceiros são questões trabalhistas, capacidade operacional (como o não cumprimento de prazos e metas), gestão de contratos e aderência às regras internas.
A seguir, os principais pontos abordados nesse estudo:
• 73,9% dos entrevistados acreditam que fornecedores vão desempenhar um papel mais importante ou essencial nos próximos anos.
• 87% das empresas dizem ter enfrentado pelo menos um incidente com parceiros nos últimos três anos.
• 86% requerem padrões/normas comuns a fornecedores a fim de garantir uma abordagem consistente em suas unidades de negócios.
• 78,1% das organizações da amostra afirmam ter nível de confiança entre moderado e alto na governança definida para a gestão de riscos de terceiros.
• 75,5% apresentam um nível de descentralização considerado de parcial a alto, refletindo um desafio potencial para uma abordagem única e madura de gestão de risco de parceiros.
O estudo global identifica uma dependência cada vez maior das empresas em relação a seus fornecedores, por causa da necessidade de obtenção de benefícios e de diferencial competitivo. “Orientamos nossos clientes para que o aumento da atividade de monitoramento e a implantação de controles para garantia da atuação dos parceiros conforme princípios e padrões de gestão aceitáveis tendam a reduzir significativamente os riscos envolvidos nas operações”, finaliza Borges.
Clique aqui e confira o estudo global.
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