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De mãos dadas?
A complexa relação entre a governança corporativa e o retorno acionário
  • Alexandre Di Miceli da Silveira
  • dezembro 1, 2014
  • Governança Corporativa, Governança, Edição 136
  • . CAPITAL ABERTO, mercado de capitais, gestão, risco, retorno acionário, expectativa, retorno ajustado, custo do capital próprio

As empresas com melhores práticas de governança deverão gerar maior retorno acionário a seus investidores? Aparentemente, a intuição indica que sim. O assunto, entretanto, é muito mais complexo do que parece. Para começar, a governança corporativa muitas vezes é interpretada pelos investidores como uma espécie de fator de risco que indica a probabilidade de perda ou de expropriação do capital investido. Esse fator de risco tende a se reduzir na medida em que a organização adota práticas de governança adequadas. Em outras palavras, há menor chance de surpresas negativas devido à implantação de controles internos eficientes, conselhos ativos e independentes, medidas de transparência, etc.

Como um dos princípios básicos do mundo dos investimentos é que risco e expectativa de retorno devem andar de mãos dadas, é razoável prever retribuição maior de companhias menos expostas? De acordo com a teoria financeira, o retorno esperado das ações deve ser utilizado como medida do custo do capital aportado pelos acionistas. Assim, um retorno esperado alto elevaria o custo do capital próprio para a empresa com boas práticas de governança, algo simplesmente ilógico.

Na verdade, a governança deveria ocasionar uma expectativa menor de bom resultado das ações (todos os demais fatores mantidos constantes), em razão da confiança de seus investidores. A companhia apresentaria um valor relativo maior, algo que seria observado por múltiplos de mercado superiores — como o índice preço-lucro —, na comparação com seus pares.

O que acontece, e provavelmente confunde os praticantes de mercado, é que, quando uma empresa decide aprimorar suas práticas de governança, em geral reduz-se o risco percebido do negócio. Então, o anúncio dessas melhorias tende a causar um aumento no preço da ação e, consequentemente, um retorno atípico.

Logo, ocorre um fato curioso: ao olharmos para trás, observamos muitas vezes um resultado acionário superior das companhias que possuem hoje práticas qualificadas de governança. Quando olhamos para a frente, porém, não se deveria prever a manutenção dessa tendência. É possível até que os preços se reduzam, por causa da queda no risco da empresa e da redução no custo de capital próprio.

A questão torna-se ainda mais intricada quando se interpreta a boa governança não apenas como fator de risco, mas também como forma de aperfeiçoar as decisões na alta gestão — algo que decorre da adoção de processos decisórios estruturados e baseados em discussões de qualidade.

Essa interpretação deve gerar a expectativa de que a companhia com práticas melhores passe a ter, com frequência, suas decisões bem recebidas pelo mercado (anúncios de decisões acertadas de investimento, processos competentes de sucessão de lideranças, etc.). Por consequência, haveria aumentos sucessivos no preço da ação.

A solução consiste em analisar o retorno ajustado ao risco das empresas com padrões superiores de governança, em vez de seus retornos nominais ou absolutos. Há diversos modelos no campo das finanças, por exemplo, que permitem conformar o resultado acionário ao nível de risco de cada organização.

Em suma, espera-se que as empresas com boas práticas de governança apresentem um retorno ajustado maior ao risco ao longo do tempo. Isso é, inclusive, compatível com a ocorrência de retorno acionário nominal menor que o de outras companhias.


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