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Criação de conselho consultivo na Gerdau desagrada minoritários

A Gerdau e a Metalúrgica Gerdau surpreenderam o investidor ao anunciar as propostas a serem deliberadas nas assembleias gerais deste ano. Dois pontos chamaram a atenção dos minoritários: a votação a respeito da saída das companhias do Nível 1 de governança corporativa da BM&FBovespa e a criação de comitês consultivos remunerados. A saída do Nível 1 acabou sendo rejeitada. As empresas queriam deixar o segmento para que André e Claudio Gerdau, presidente e vice-presidente da Gerdau, acumulassem a copresidência dos conselhos de administração da Gerdau e da Metalúrgica Gerdau. A concentração dos cargos de chairman e CEO é vedada nos segmentos de governança corporativa diferenciada da Bolsa. A criação dos comitês consultivos, contudo, foi levada adiante e causou indignação.

A partir de agora, as duas empresas manterão o órgão, composto de até quatro membros eleitos pelo conselho de administração, todos remunerados. Os estatutos dizem que o comitê opinará sobre assuntos que sejam encaminhados pelo board e emitirão recomendações e pareceres. Na manifestação de voto que acompanha a ata da assembleia da Metalúrgica Gerdau, a Guepardo, acionista minoritária da companhia, argumenta que a estrutura é “desnecessária, de função vagamente definida e custosa”. Afirma ainda que ela “pode potencialmente interferir nos poderes de direcionar os negócios da companhia dos órgãos estatutários legítimos”.

Na opinião da gestora, o novo colegiado beneficia apenas o acionista controlador — todos os seus integrantes são da família Gerdau —, no que seria uma tentativa de solucionar problemas privados de sucessão familiar. Por conta disso, a Guepardo argumenta que somente os acionistas donos de ações em circulação deveriam ter participado da votação da proposta.

A criação de conselhos consultivos não é condenada pelo código de melhores práticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), mas sua criação não seria indicada para a Gerdau. De acordo com o documento, o órgão é cabível nas organizações em estágio inicial de adoção de práticas de governança — o grupo Gerdau pertence ao Nível 1 desde 2001 — e deve ser formado, preferencialmente, por membros independentes, recomendação também ignorada pela companhia.

A Guepardo reclama ainda, do processo de votação para escolha dos conselheiros de administração, que utilizou o método do voto múltiplo. A gestora discorda da contagem feita durante a assembleia. Segundo ela, se o cômputo tivesse sido realizado corretamente, os minoritários ocupariam uma das vagas do board, que acabou composto apenas de membros indicados pelo controlador.


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