Pesquisar
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Menu
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Assine
Pesquisar
Fechar
As lições extraídas de duas décadas de IPO
Mudanças levaram a uma nova percepção da sociedade sobre o papel das empresas e sua governança
  • Ana Siqueira
  • maio 13, 2022
  • Governança Corporativa, Colunistas
  • . IPO, ESG, stewardship
Ana Siqueira
Ana Siqueira é sócia fundadora da Artha Educação | Ilustração: Julia Padula

Importante fonte de financiamento para as empresas e de crescimento para a economia, o mercado de capitais brasileiro vivencia, desde 2019, uma bem-vinda retomada das ofertas de ações. Em uma série histórica de 20 anos, os anos de 2007, 2019 a 2021 apresentaram recordes de captação. O ano de 2010 também foi expressivo — a capitalização da Petrobras, porém, foi feita em sua maior parte com aporte pela União de barris de petróleo, razão pela qual excluímos este ano desta análise.


A Capital Aberto tem um curso online sobre abertura de capital. Vem conhecer!


Em 2021, as ofertas de ações totalizaram 128,1 bilhões de reais, com as ofertas iniciais de ações (IPOs) representando 49,7% e as ofertas subsequentes (follow-on), 50,3%. As ofertas iniciais de ações totalizaram 63,6 bilhões de reais em 2021, 43,5 bilhões de reais em 2020 e 60,5 bilhões de reais em 2007 (todos os valores são nominais).

Existem numerosas lições que podem ser extraídas destes últimos 20 anos de IPOs. Muitas empresas abriram o capital sem estar preparadas: faltou robustez em planos de negócios, várias estavam em estágio incipiente, tinham problemas de governança corporativa ou motivação errada para abertura de capital.

A atenção dada à pauta ESG cresceu de forma exponencial nos últimos dois anos. Tornou-se importante que investidores reflitam sobre questões ambientais, sociais e de governança das empresas, em sua análise, avaliação e decisão de investir ou não em uma companhia.

É usual haver, em um IPO, a discussão sobre existência ou não de oferta secundária, juntamente com a primária. Na oferta secundária, acionistas atuais vendem ações de sua propriedade. É legítimo que o empresário possa vender parte de suas ações, pois percorreu um longo e, muitas vezes, árduo caminho até chegar ao IPO. No entanto, é fundamental que a participação dele após a oferta represente uma parcela importante do seu patrimônio, contribuindo assim para o alinhamento de interesses entre empresário e novos sócios, assim como para a manutenção do seu foco na empresa.

A realização de um IPO é um momento de extrema relevância na vida do empresário e da companhia. É um divisor de águas. Portanto, trata-se de um momento propício para o investidor exercer o stewardship, influenciando e demandando que as companhias avancem em temas determinantes para o seu futuro. Para isto, é fundamental que os investidores conheçam o estágio de maturidade da empresa, assim como seus planos futuros, sobre diferentes questões que afetam o valor no longo prazo. Desde questões operacionais e de estratégia até aspectos como cultura organizacional, remuneração, sucessão, governança, gestão de riscos, direitos humanos e trabalhistas, impactos ambientais, relacionamento com stakeholders, etc.

A eficácia do trabalho do conselho de administração é essencial para a perenidade das empresas. Temas determinantes para o futuro precisam ganhar relevância nas pautas dos conselhos de administração. Uma cultura corporativa saudável e forte gera valor e contribui para a sustentabilidade da empresa; resiste firme mesmo em momentos de estresse agudo e mitiga os impactos das crises. Continuamente a cultura organizacional e os valores da companhia têm ganhado a atenção dos investidores institucionais.

Cabe destacar que a estrutura de remuneração é importante instrumento de direcionamento de comportamentos e precisa ter coerência com o propósito e a cultura da organização. Observamos a inclusão de indicadores ESG na estrutura de remuneração de algumas companhias, inclusão esta muito relevante para que, de fato, as empresas avancem nesses temas.

Os investidores institucionais têm muito a contribuir, através do exercício do stewardship, monitorando e se engajando com companhias investidas. O stewardship está diretamente associado a benefícios sustentáveis ​​para a economia, o meio ambiente e a sociedade, pois dá grande ênfase à criação de valor no longo prazo. Cada vez mais, o stewardship é visto como a forma de os investidores institucionais desempenharem o seu dever fiduciário.

Essa evolução reflete a mudança de percepção da sociedade sobre o papel das empresas e sua governança. O que antes era visto como de responsabilidade exclusiva da administração agora passa a uma abordagem mais ampla que inclui os investidores institucionais e o reconhecimento dos benefícios para a sociedade.

Ana Siqueira, CFA ([email protected]) é sócia fundadora da Artha Educação

Matérias relacionadas

A empresa que aprende

Pauta ESG conquista espaço na agenda dos conselhos de administração

Seletividade deve predominar no mercado de ações


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.

Quero me cadastrar!

Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.

Quero conhecer os planos

Já sou assinante

User Login!

Perdeu a senha ?
This site is protected by reCAPTCHA and the Google
Privacy Policy and Terms of Service apply.
Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais

Quero conhecer os planos


Ja é assinante? Clique aqui

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras,
gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

Curso Novas regras da Resolução CVM 59

CVM estuda facilitar transferência de recursos para corretora nova

Miguel Angelo

Risco de recessão faz ofertas de ações globais despencarem

Miguel Angelo

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras, gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

Curso Novas regras da Resolução CVM 59

CVM estuda facilitar transferência de recursos para corretora nova

Miguel Angelo

Risco de recessão faz ofertas de ações globais despencarem

Miguel Angelo

Sobrou para a Lei das Estatais

Redação Capital Aberto

CVM acerta ao conciliar sigilo com transparência nas arbitragens

Nelson Eizirik
AnteriorAnterior
PróximoPróximo

mais
conteúdos

Iniciativas dedicadas a combater o segundo maior vilão do aquecimento global ganham força, inclusive no Brasil

Metano entra no radar de investidores e governos

Miguel Angelo 24 de abril de 2022
ESG: Em pesquisa feita pela Harris Pool, 60% dos executivos admitem que suas companhias praticaram greenwashing

ESG de mentira: maioria de executivos admite greenwashing

Carolina Rocha 24 de abril de 2022
Evandro Buccini

O crédito para empresas no contexto de juros em alta

Evandro Buccini 24 de abril de 2022
A intrincada tarefa de regular criptoativos

A intricada tarefa de se regular os criptoativos

Erik Oioli 24 de abril de 2022
Guerra na Ucrânia incentiva investidores a tirar capital da China e direcionar recursos para outros emergentes

Dinheiro estrangeiro busca a democracia e aterrissa no Brasil

Paula Lepinski 24 de abril de 2022
O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

Pedro Eroles- Lorena Robinson- Marina Caldas- Camila Leiva 20 de abril de 2022
  • Quem somos
  • Acervo Capital Aberto
  • Loja
  • Anuncie
  • Áudios
  • Estúdio
  • Fale conosco
  • 55 11 98719 7488 (assinaturas e financeiro)
  • +55 11 99160 7169 (redação)
  • +55 11 94989 4755 (cursos e inscrições | atendimento via whatsapp)
  • +55 11 99215 9290 (negócios & patrocínios)
Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss
Cadastre-se
assine
Minha conta
Menu
  • Temas
    • Bolsas e conjuntura
    • Captações de recursos
    • Gestão de Recursos
    • Fusões e aquisições
    • Companhias abertas
    • Legislação e Regulamentação
    • Governança Corporativa
    • Negócios e Inovação
    • Sustentabilidade
  • Conteúdos
    • Reportagens
    • Explicando
    • Coletâneas
    • Colunas
      • Alexandre Di Miceli
      • Alexandre Fialho
      • Alexandre Póvoa
      • Ana Siqueira
      • Carlos Augusto Junqueira de Siqueira
      • Daniel Izzo
      • Eliseu Martins
      • Evandro Buccini
      • Henrique Luz
      • Nelson Eizirik
      • Pablo Renteria
      • Peter Jancso
      • Raphael Martins
      • Walter Pellecchia
    • Artigos
    • Ensaios
    • Newsletter
  • Encontros
    • Conexão Capital
    • Grupos de Discussão
  • Patrocinados
    • Blanchet Advogados
    • Brunswick
    • CDP
    • Machado Meyer
  • Cursos
    • Programe-se!
    • Cursos de atualização
      • Gravações disponíveis
      • Por tema
        • Captação de recursos
        • Funcionamento das cias abertas
        • Fusões e aquisições
        • Gestão de recursos
        • Relações societárias
    • Cursos in company
    • Videoaulas
    • Webinars
  • Trilhas de conhecimento
    • Fusões e aquisições
    • Funcionamento de companhia aberta
  • Loja
  • Fale Conosco

Siga-nos

Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.

quero assinar