Pesquisar
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Menu
  • Captação de recursos
  • Gestão de Recursos
  • Fusões e aquisições
  • Companhias abertas
  • Governança Corporativa
  • Sustentabilidade
Assine
Pesquisar
Fechar
Abaixo a governança pro forma
Cultura, ética, princípios, valores e propósito precisam ganhar relevância na pauta dos boards
  • Ana Siqueira
  • abril 20, 2018
  • Governança Corporativa, Colunistas
  • . Governança, Lava Jato, Ana Siqueira

Ana Siqueira*/ Ilustração: Julia Padula

A Lava Jato acaba de completar quatro anos, mas ainda não parou de revelar escândalos protagonizados por empresas líderes em seus setores de atuação, assim como operações congêneres da Polícia Federal. Continuam sendo descobertas amplas e contínuas práticas de crimes de corrupção — que costumo chamar de doping corporativo, por implicarem vantagem desleal em relação aos concorrentes — de agentes do Estado.

Impressionada com essa situação, adquiri o hábito de revisitar antigos relatórios anuais de empresas que têm ações listadas em bolsa e seus nomes envolvidos com corrupção. É interessante observar que de maneira geral a comunicação corporativa nesses casos está muito distante da realidade. Alguns trechos que extraí dos relatórios e aqui transcrevo são simbólicos. “A empresa adota as melhores práticas de governança corporativa e está capacitada para utilizar os mais avançados instrumentos de gestão empresarial”; “a companhia possui uma estrutura de governança corporativa criada para aprimorar o seu processo de tomada de decisões e garantir o respeito a todos os seus stakeholders”; “em todas as jurisdições nas quais a empresa opera são oferecidos treinamentos sobre ética e corrupção, a fim de assegurar a conformidade com as leis locais” são exemplos de apresentações que em nada correspondem ao que se comprovou que a empresa faz na prática.

Fica evidente um total descompromisso com a transparência, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa, alguns dos pilares básicos da governança corporativa. Além disso, flagrantemente descumprem o dever de informar, previsto no artigo 157 da Lei das S.As. O termo “governança corporativa” tem sido utilizado por algumas empresas como um mero instrumento de marketing e é por isso que cabem algumas reflexões sobre as atuações de conselhos de administração e de participantes do mercado de capitais.

Como os conselhos de administração verificam a conformidade da empresa em relação a leis, normas, regulamentos, estatuto social e políticas internas? Vale ressaltar que a conformidade é o patamar mínimo exigido para as atividades das organizações — a ética e a responsabilidade corporativa vão muito além disso, e a sociedade continuamente eleva o seu grau de exigência quanto a essas questões. Conselhos de administração tendem a dar grande ênfase aos resultados financeiros, mas é importante que eles considerem o fato de esses dados reportarem o passado. Questões-chave como cultura, ética, princípios, valores e propósito precisam ganhar relevância na pauta dos conselhos de administração, pois exercem importante influência no futuro das organizações. Provavelmente muitos problemas que hoje acompanhamos poderiam ter sido evitados caso essas questões-chave tivessem recebido a merecida atenção. Também não se pode contornar uma discussão sobre a qualidade do desempenho de participantes de mercado — nesse grupo incluídos investidores, auditores e analistas de investimentos — no monitoramento das empresas.

Quando se trata da adoção de melhores práticas de governança corporativa estão envolvidas práticas diferenciadas de gestão. Obviamente não existe um modelo único de governança que sirva para todas as empresas — afinal, elas têm contextos e características particulares (natureza jurídica, forma de controle, tipo de controlador, cultura e identidade). Mas, independentemente disso, as organizações devem atuar de forma ética e têm obrigação de cumprir as leis e regulamentos aplicáveis.

Hoje há um extremo com algumas empresas abertas de grande porte ostentando estrutura completa de governança corporativa apenas na forma, descumprindo legislação e regulamentos; do lado oposto existem muitas empresas de pequeno porte com atuação ética e cumpridoras de leis e regulamentos que, no entanto, percebem o termo “governança” como algo complexo e inviável para suas realidades. São grandes os desafios nessas duas pontas: é preciso monitorar de perto as empresas que já têm estruturas de governança (e delas cobrar mais que forma, a essência) e desmistificar para empresas de pequeno porte o termo “governança corporativa”, incentivando-as a seguir nesse caminho.


*Ana Siqueira, CFA ([email protected]) é sócia da Maple Consultoria


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.

Quero me cadastrar!

Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.

Quero conhecer os planos

Já sou assinante

User Login!

Perdeu a senha ?
This site is protected by reCAPTCHA and the Google
Privacy Policy and Terms of Service apply.
Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais

Quero conhecer os planos


Ja é assinante? Clique aqui

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras,
gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

Curso Novas regras da Resolução CVM 59

CVM estuda facilitar transferência de recursos para corretora nova

Miguel Angelo

Risco de recessão faz ofertas de ações globais despencarem

Miguel Angelo

acompanhe a newsletter

todas as segundas-feiras, gratuitamente, em seu e-mail

Leia também

Curso Novas regras da Resolução CVM 59

CVM estuda facilitar transferência de recursos para corretora nova

Miguel Angelo

Risco de recessão faz ofertas de ações globais despencarem

Miguel Angelo

Sobrou para a Lei das Estatais

Redação Capital Aberto

CVM acerta ao conciliar sigilo com transparência nas arbitragens

Nelson Eizirik
AnteriorAnterior
PróximoPróximo

mais
conteúdos

Iniciativas dedicadas a combater o segundo maior vilão do aquecimento global ganham força, inclusive no Brasil

Metano entra no radar de investidores e governos

Miguel Angelo 24 de abril de 2022
ESG: Em pesquisa feita pela Harris Pool, 60% dos executivos admitem que suas companhias praticaram greenwashing

ESG de mentira: maioria de executivos admite greenwashing

Carolina Rocha 24 de abril de 2022
Evandro Buccini

O crédito para empresas no contexto de juros em alta

Evandro Buccini 24 de abril de 2022
A intrincada tarefa de regular criptoativos

A intricada tarefa de se regular os criptoativos

Erik Oioli 24 de abril de 2022
Guerra na Ucrânia incentiva investidores a tirar capital da China e direcionar recursos para outros emergentes

Dinheiro estrangeiro busca a democracia e aterrissa no Brasil

Paula Lepinski 24 de abril de 2022
O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

O que muda para as fintechs com as novas regras do Banco Central

Pedro Eroles- Lorena Robinson- Marina Caldas- Camila Leiva 20 de abril de 2022
  • Quem somos
  • Acervo Capital Aberto
  • Loja
  • Anuncie
  • Áudios
  • Estúdio
  • Fale conosco
  • 55 11 98719 7488 (assinaturas e financeiro)
  • +55 11 99160 7169 (redação)
  • +55 11 94989 4755 (cursos e inscrições | atendimento via whatsapp)
  • +55 11 99215 9290 (negócios & patrocínios)
Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss
Cadastre-se
assine
Minha conta
Menu
  • Temas
    • Bolsas e conjuntura
    • Captações de recursos
    • Gestão de Recursos
    • Fusões e aquisições
    • Companhias abertas
    • Legislação e Regulamentação
    • Governança Corporativa
    • Negócios e Inovação
    • Sustentabilidade
  • Conteúdos
    • Reportagens
    • Explicando
    • Coletâneas
    • Colunas
      • Alexandre Di Miceli
      • Alexandre Fialho
      • Alexandre Póvoa
      • Ana Siqueira
      • Carlos Augusto Junqueira de Siqueira
      • Daniel Izzo
      • Eliseu Martins
      • Evandro Buccini
      • Henrique Luz
      • Nelson Eizirik
      • Pablo Renteria
      • Peter Jancso
      • Raphael Martins
      • Walter Pellecchia
    • Artigos
    • Ensaios
    • Newsletter
  • Encontros
    • Conexão Capital
    • Grupos de Discussão
  • Patrocinados
    • Blanchet Advogados
    • Brunswick
    • CDP
    • Machado Meyer
  • Cursos
    • Programe-se!
    • Cursos de atualização
      • Gravações disponíveis
      • Por tema
        • Captação de recursos
        • Funcionamento das cias abertas
        • Fusões e aquisições
        • Gestão de recursos
        • Relações societárias
    • Cursos in company
    • Videoaulas
    • Webinars
  • Trilhas de conhecimento
    • Fusões e aquisições
    • Funcionamento de companhia aberta
  • Loja
  • Fale Conosco

Siga-nos

Twitter Facebook-f Youtube Instagram Linkedin Rss

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.

quero assinar