O faturamento global dos bancos pode cair entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões até 2015, em função das novas regras para gestão de colateral — colchão financeiro que permite às câmaras de compensação assegurar o pagamento das operações realizadas em suas plataformas. É o que indica um cálculo feito pelo Morgan Stanley e pela consultoria Oliver Wyman. O motivo é uma norma que entrou em vigor nos Estados Unidos no último dia 10 de junho, segundo a qual derivativos negociados no mercado de balcão devem passar por clearings centrais e ser garantidos por colateral.
Em depoimento à revista Institutional Investor, Nadine Chakar, diretora de estratégia de colateral do BNY Mellon, afirmou que não haverá colchão financeiro para assegurar todas as operações. A incógnita, porém, é apontar o momento em que a escassez começará. No início deste ano, a preocupação com o aperto de colateral motivou a fundação da Liquidity Alliance, uma associação formada pela brasileira Cetip, pela alemã Clearstream, pela espanhola Iberclear, pela australiana ASX e pela sul-africana Strate, com a finalidade de discutir soluções para o problema. A julgar pelo discurso de especialistas, entretanto, ninguém tem condições de prever exatamente qual será o desfecho dessa história.
Apesar de controversa, a norma tem aberto algumas oportunidades. Profissionais especializados em gestão de colateral se tornaram mais requisitados do que nunca. E até mesmo os bancos, que reclamam da perda de faturamento, desenvolveram maneiras de tirar vantagem da situação. Para cumprir a regra, as câmaras de compensação precisarão operar com ativos de alta qualidade, o que gera uma demanda pela troca de ativos de baixo rating por outros melhores — um nicho em que os bancos vislumbram atuar.
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