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Investimento espinhoso
Corrupção torna ainda mais complexo o aporte de recursos em ativos estressados
  • Mitchel Diniz
  • julho 1, 2017
  • Gestão de Recursos, Reportagens
  • . gestão de recursos, investimento, distressed assets, reestruturação, Operação Lava Jato
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Aventurar-se pelo território dos ativos estressados (distressed assets) não é para qualquer um. E a atual conjuntura requer ainda mais cautela dos investidores, inclusive dos mais experientes. Afinal, já não se trata apenas de empresas em dificuldades financeiras: a corrupção se transformou num componente comum na análise de risco e retorno desses ativos e gerou uma imprevisibilidade nunca vista.

“O problema das empresas envolvidas em escândalos de corrupção, como as da Operação Lava Jato, por exemplo, é que muitas coisas não são detectadas na due diligence, por mais benfeita que ela seja”, afirma Adriana Pallis, sócia do Machado Meyer Advogados. Essa situação faz do segmento de distressed assets uma espécie de campo minado. Com investidores receosos e pensando duas vezes antes de abrir a carteira, o desespero por liquidez de empresas envolvidas em escândalos de corrupção ou contaminados por eles só aumenta. “Os ativos de concessão atingidos pela Lava Jato, principalmente de infraestrutura, estão no final da fila”, comenta Cristiana Ferraz, sócia da área de reestruturação da STS Gaea.

Diretor da Pantalica Partners, Wolney Netto observa que a identificação de ativos problemáticos para compra precisa ser feita de forma conservadora. “Estamos falando de como estimar a geração futura de caixa de uma empresa muito debilitada. Há muita incerteza associada a essa projeção”, ressalta Netto. Mas isso não significa que os investidores de distressed assets estejam se retraindo. Ao contrário. Fabio Vassel, ex-executivo do Brasil Plural e atualmente CEO da própria firma de reestruturação, a Starboard Restructuring Partners, vê boas oportunidades de retorno nas opções disponíveis e nas que estão por vir. “Há uma safra de reestruturações mal resolvidas que vão precisar reabrir os seus planos.”

O fato de muitas das companhias demorarem a pedir socorro deixa ainda mais complexo o processo de reestruturação. “O ingresso num plano de recuperação judicial bem estruturado é uma ótima saída para que a empresa permaneça viva. Mas ainda é comum o dono do negócio postergar essa decisão, porque está preocupado em como contar isso para os amigos do clube”, destaca José Braga, líder da área de reestruturação da PwC. “Ainda temos um lado latino, de evitar sacrifícios”, complementa Alexandre Marques Cruz, sócio da Jive Investments.

A holding Camargo Corrêa, dona da construtora que virou uma das protagonistas da Lava Jato, enfrentou seu problema de liquidez de forma prática: em 2016, vendeu sua participação de pouco mais de 23% na CPFL para a chinesa State Grid, num negócio estimado em 5,8 bilhões de reais. Meses antes, a companhia já havia vendido a Alpargatas à J&F Investimentos — vedete do mais recente escândalo detonado em Brasília — por 2,6 bilhões de reais. O dinheiro foi direcionado à holding, para redução de seu endividamento. “A empresa soube se posicionar em um timing sem comparação. Foi a primeira a firmar acordo de leniência, abrindo caminho para operações desse tipo [envolvendo ativos de empresas investigadas pela Lava Jato]”, avalia Marcelo D’Angello, ex-executivo da Camargo Corrêa e atual consultor da empresa.

Se a atual fase do segmento de distressed assets é marcada por investidores mais conservadores, as empresas, mesmo em dificuldades, têm deveres de casa a fazer: aprimorar a governança e criar uma estrutura eficiente de compliance. Pode até parecer um luxo para quem está mal das pernas, mas, sem isso, a sobrevivência pode ficar ainda mais ameaçada. “O compliance não deve ser visto como um gasto, mas sim como um investimento — e ele não é caro, considerando que essa é a condição para a empresa obter dinheiro novo”, ressalta Pallis, do Machado Meyer.


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