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Investimento de impacto conquista espaço
  • Frederico Rizzo
  • abril 1, 2017
  • Gestão de Recursos, Seletas, Colunistas, Edição 72
  • . CVM, gestão de recursos, Fundos de investimento, empreendedorismo, investimento, Startups, crowndfunding, Frederico Rizzo

Frederico Rizzo*/ Ilustração: Julia Padula

Recentemente almocei com um empreendedor brasileiro aprovado para a próxima turma do mais disputado MBA do mundo, o de Stanford, na Califórnia. Ele me contou que uma enquete feita pela universidade com seus futuros 200 colegas revelou que quase metade quer trabalhar com negócios relacionados a empreendedorismo social ou a investimento de impacto depois do curso. Vindo do metro quadrado mais inovador do planeta, o dado põe em evidência uma classe de ativos ainda pequena, mas ascendente — cresceu 18% ao ano de 2013 a 2015 e, segundo o banco J.P.Morgan, pode ultrapassar o equivalente a R$ 1 trilhão em ativos sob gestão em 2020.

Segundo pesquisa anual do banco americano, mundialmente os setores mais representativos em investimentos de impacto são habitação (24% do total), microfinanças (14%) e energia (13%). Os aportes, ainda conforme o trabalho do J.P.Morgan, são feitos majoritariamente via instrumentos de dívida pura, em negócios em estágio de crescimento ou venture capital. A expectativa de retorno médio em operações de dívida em mercados emergentes é de 8,6% e para equity chega a 15,1% — e 81% dos fundos reportam performance em linha ou acima da expectativa.

No universo do crowdfunding de investimento, em vias de regulação pela Comissão de Valores Mobiliário (CVM) no Brasil, também não é novidade o fato de que uma grande parte dos investidores procure negócios que não apenas proporcionem retorno financeiro, mas também gerem retorno social. Pesquisa sobre o tema feita no ano passado por Broota e Din4mo mostrou que 54% dos investidores acreditam que o impacto social positivo é tão importante quanto o ganho financeiro.

Em 2016, R$ 2 milhões foram investidos no País por meio de plataformas eletrônicas em pelo menos seis startups que se enquadram na definição cunhada em 2007 pela Fundação Rockfeller — empresas, organizações e fundos com a intenção de gerar impacto social e ambiental mensurável juntamente com retorno financeiro. Entre elas estão empresas como o Programa Vivenda (de reformas para residências populares), que levantou R$ 450 mil com 52 pessoas em janeiro de 2016, quadriplicou sua receita trimestral ao longo do ano e iniciou neste mês de março uma rodada follow-on de até R$ 750 mil por “debêntures” conversíveis.

Mas não são apenas as startups ou os jovens privilegiados de Stanford que se preocupam com seus impactos na sociedade: também empresas de capital aberto, como Natura, Etsy e Triodos Bank, integram um movimento presente em 50 países e composto de cerca de 2 mil organizações conhecidas como “empresas B” (B-corps ou benefit corporations). Trata-se de um novo padrão societário que obriga os administradores a considerar interesses não financeiros entre suas responsabilidades fiduciárias. Na prática, em estados americanos como Delaware, essas organizações podem até ser processadas caso não cumpram sua missão social ou ambiental.

No Brasil, pelo menos sete fundos investiram um total de R$ 330 milhões em negócios de impacto nos últimos anos. Agora, também organizações sociais começam a utilizar parte dos recursos anteriormente dedicados exclusivamente à filantropia ou aplicados em instrumentos tradicionais de mercado (CDBs e afins) para investir em ativos alinhados com sua missão. Em outubro do ano passado, por exemplo, representantes de 17 dos principais institutos e fundações sociais do País criaram um grupo de trabalho para estudar como alocar R$ 1 milhão em empresas com metas sociais, mas fins lucrativos.

A iniciativa foi criada a partir da Força Tarefa de Finanças Sociais (FTFS), outro movimento global, iniciado na Inglaterra em 2000, que tem o objetivo de aumentar a atração de capital, o empreendedorismo e a inovação dirigidos à resolução de problemas sociais. Liderado mundialmente por sir Ronald Cohen, para quem “o investimento de impacto será o novo venture capital”, o movimento existe desde 2014 no Brasil, sob direção do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e da plataforma Sitawi Finanças do Bem, e estabeleceu 15 recomendações para o desenvolvimento do campo das finanças sociais até 2020 — entre elas, o fomento a fundos de investimento de impacto, a regulação de estruturas inovadoras de investimento e o apoio ao progresso de um mercado de contratos de impacto social, em especial dos chamados social impact bonds.

Há certamente muito o que se avançar no campo das finanças sociais, mas as metas brasileiras para 2020 já foram traçadas pela FTFS, com destaque para R$ 50 bilhões em investimentos, 200 novos negócios sociais acelerados por ano e dez fundos de investimento dedicados ao setor. Espera-se que a CVM não deixe também de olhar para esse setor emergente, permitindo que organizações sociais liderem investimentos por meio de sindicatos — possibilidade hoje restrita a pessoas físicas — e recebam recursos via dívida pura — o que atualmente só é autorizado a empresas limitadas e a sociedades anônimas.


*Frederico Rizzo ([email protected]) é fundador da plataforma de equity crowdfunding Broota


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