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Estrangeiros avançam sobre as assets brasileiras
  • Thais Folego
  • março 17, 2017
  • Gestão de Recursos, Seletas, Reportagens, Edição 70
  • . private equity, gestão de recursos, mercado de capitais, Rio Bravo, investimento estrangeiro, Instrução 558, crise econômica, Azimut
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Os estrangeiros estão ganhando espaço na indústria de gestão de recursos do Brasil. Após quatro aquisições, a gestora de recursos independente italiana Azimut adotou como foco a compra de gestoras de patrimônio. “Essa é a estratégia para acelerar nosso crescimento. Queremos ser ao mesmo tempo uma referência e uma alternativa aos bancos no País”, afirma Giuseppe Perrucci, presidente da Azimut Brasil. Desde 2013 a empresa já comprou as gestoras de recursos Quest e Legan e as gestoras de patrimônio Futura Invest e LFI Investimentos. Atualmente, o Brasil já é o segundo mercado mais importante na operação internacional da Azimut, atrás apenas da Austrália.

A ação da Azimut não foi isolada. Chegou ao Brasil nos últimos anos uma revoada de estrangeiros: a chinesa Fosun comprou o controle da Rio Bravo, a americana Principal Financial Group adquiriu a Claritas e a japonesa Orix arrematou uma participação na RB Capital. Para Carlos Ambrósio, vice-presidente da Anbima e presidente da Claritas, a entrada de estrangeiros mostra que o mercado está suficientemente maduro para instigar o interesse externo.

Há, ainda, um fator curioso nessas trocas de controle. Os estrangeiros chegaram bem no momento da aposentadoria de uma pioneira geração de gestores brasileiros, responsável por erguer importantes casas independentes de gestão. Os italianos da Azimut compraram a participação de Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio-fundador da Quest; a Orix proporcionou a porta de saída para sócios antigos da RB Capital, que já haviam se afastado das funções executivas. Marcelo Michaluá, sócio-gestor da RB Capital, conta que a entrada de capital estrangeiro na companhia foi resultado de uma convergência de fatores microeconômicos (necessidade de institucionalização da empresa, que até então era controlada por CPFs) e macroeconômicos (a mudança de governo e a expectativa de um cenário de maior estabilidade para a economia e para um novo ciclo de crescimento do mercado de capitais brasileiro).

No caso da Rio Bravo, havia um fundo de private equity americano que detinha 30% do capital da gestora e que precisava de uma boa oportunidade para se desfazer do investimento. Na ponta oposta, a Fosun já havia estabelecido em seu plano estratégico o aumento de exposição em mercados emergentes e aproveitou o bom momento para compradores gerado pela crise econômica no Brasil. “Havia um vendedor e um comprador em um mesmo momento”, resume Paulo Bilyk, diretor de investimentos e um dos sócios-fundadores da Rio Bravo. O sócio chinês levou à Rio Bravo capital financeiro e competências de uma empresa com atuação global. Segundo Bilyk, a Fosun tem importantes investimentos em tecnologia financeira nos EUA e, na China, proximidade com soluções digitais como Baidu e Alibaba. “Estamos discutindo algumas ideias e projetos com eles. Vamos aumentar fortemente nossa presença em canais de distribuição eletrônicos”, diz o sócio, que não dá mais detalhes, mas diz que a gestora eventualmente pode criar uma solução própria para isso.

De saída

Enquanto alguns empresários da gestão de recursos selaram seus planos de negócio com louvor, outros preferiram sair de cena. Em 2015, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou a Instrução 558 com a exigência de maiores controles internos para os administradores de carteiras e também a divulgação periódica de informações. As gestoras tiveram até junho do ano passado para se adaptar às novas normas, e o que se viu foi um grande número de licenças canceladas pela CVM: 180 em 2016, ante 60 no ano anterior.

O superintendente de relações com investidores institucionais da CVM, Daniel Maeda, diz que a Instrução 558 não foi revolucionária em termos de novos requerimentos, apenas detalhou exigências sobre compliance e gestão de risco que o mercado deve atender. Na avaliação dele, a redução do número de participantes do mercado tem uma série de razões — e a preponderante é a crise econômica. “O mercado de capitais não cresceu nada nos últimos anos e a quantidade de gestoras acompanhou”, comenta Maeda. Ele informa que boa parte dos cancelamentos foi solicitado pelas próprias gestoras — muitas já não operacionais —, que não quiseram investir para manter a licença. Já outras tiveram seu credenciamento cancelado por decisão administrativa da autarquia, por não comprovarem o atendimento aos requisitos da instrução que passou a regular a atividade.

O número de gestoras estreantes também caiu, de 71 em 2015 para 33 em 2016. Segundo Lauro Araújo, diretor da consultoria Lockton, trata-se de um sinal de racionalização do mercado, que pode apontar para um movimento de fusões e aquisições. “O mercado de asset ainda vai passar por uma consolidação forte”, diz. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que atuam atualmente no Brasil 531 gestoras, que administram 15 mil fundos — há dez anos, eram 6 mil.

A norma da CVM pode não ter sido revolucionária, mas as novas exigências de controles na prática geraram custos para as gestoras, um peso importante principalmente para as de menor porte. “Os requerimentos são grandes, o que exige das empresas um certo volume [de patrimônio] para se viabilizarem”, diz Walter Maciel, presidente da AZ Quest, destacando que a nova regulamentação cria uma barreira de entrada. Para Ambrósio, da Anbima, a regulamentação não gera exatamente uma barreira, mas sim a necessidade de um investimento maior para que a gestora seja viável. Mas se por um lado há um aumento nos custos de operação, por outro as novas exigências proporcionam mais segurança para o investidor final, ele pondera.


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