Não há dúvidas de que o papel da imprensa é instigar mudanças. Até porque, na vida real, é preciso se conformar com o fato de que elas custam para acontecer. Nesta edição, alguns conflitos entre expectativas e realidade recebem destaque, escancarando a ausência das mudanças por muitos desejadas.
É um exemplo a insatisfação de alguns agentes do mercado com a substituição do presidente da Vale, Roger Agnelli. Esperava-se que o conselho de administração da companhia exibiria ao mundo a sua autonomia, mas o ensejo serviu apenas para ratificar que os conselheiros ainda estão longe de se desprender dos acionistas controladores. Ainda sobre o papel dos conselhos, uma reportagem de Yuki Yokoi destaca a reduzida transparência oferecida pelas atas de reuniões desses colegiados e questiona a falta de iniciativa dos conselheiros, principalmente os considerados independentes, de nelas registrar suas eventuais discordâncias.
Outro conflito entre expectativa e realidade aparece na matéria sobre as novatas da Bolsa, que lamentavelmente desembarcam no pregão despreparadas em termos de governança e transparência. Não seriam elas as que deveriam chegar no estado da arte, já que puderam aprender com os erros dos outros? No campo das ideias, sim, faria todo sentido. Mas a pressa para aproveitar as janelas de oportunidade tem falado mais alto que a intenção de fazer as coisas certas.
Entre o passado inevitável (tão influente nos comportamentos) e o futuro desejado (resultado da esperada evolução), há um presente repleto de crises e insatisfações. É assim que seguimos mudando. E aprendendo.
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