A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não levar adiante o projeto de cobrar Imposto de Renda sobre a poupança para valores acima de R$ 50 mil não assustou os gestores de fundos de investimento. Eles seriam os beneficiados com essa medida, anunciada há alguns meses pelo governo, para assegurar a atratividade dos fundos perante a poupança em tempos de juros baixos. A taxa Selic, hoje em 8,75%, é a menor da história.
Marcos Villanova, diretor de investimentos do Bradesco, afirma que não houve migração de recursos de fundos DI, com rentabilidade atrelada à Selic, para a poupança. Isso porque os públicos que colocam recursos em cada um desses produtos são distintos. “O investidor de fundo é aquele que aplica e resgata todo dia. Já o poupador coloca uma quantia todo mês e tem a data de aniversário para poder retirar”, afirma. Números da Anbima mostram que, em setembro, foram aplicados cerca de R$ 30 bilhões em fundos DI, contra R$ 28,6 bilhões em resgates. No mesmo período do ano passado, esse tipo de fundo apresentou captação líquida negativa de R$ 966,9 milhões.
Para aumentar a competitividade dos fundos, algumas instituições financeiras baixaram os tickets de aplicação inicial. O Master DI do Santander, por exemplo, cuja aplicação mínima era de R$ 100 mil, caiu para R$ 30 mil. “Com isso, começamos a atrair um novo tipo de cliente, o que ajuda a manter os níveis de captação”, avalia Sinara Polycarpo, superintendente de investimentos do Grupo Santander Brasil.
Pesa para essa tranquilidade também a expectativa de que os juros voltarão a subir no ano que vem, resgatando a competitividade dos fundos. “Nossa previsão é que 2010 encerre com uma taxa de juros de 11,75%”, afirma Sinara.
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