A crise dos créditos imobiliários de alto risco dos Estados Unidos, os chamados subprime, trouxe boas oportunidades de negócios para alguns fundos soberanos, especialmente os asiáticos. A China Investment Corp. (CIC), fundo soberano chinês com mais de US$ 200 bilhões de patrimônio, tirou proveito do subprime quando adquiriu, em dezembro do ano passado, units conversíveis em ações do banco Morgan Stanley, no valor de US$ 5 bilhões. Na época, o Morgan Stanley, um dos maiores bancos de investimento dos EUA, anunciara baixas contábeis totais de US$ 9,4 bilhões, decorrentes, em grande parte, do terremoto financeiro causado pela crise hipotecária.
Atento aos desdobramentos desse abalo no restante da economia norte-americana, o rico fundo soberano chinês estaria de olho também em outros grandes bancos e empresas de investimentos, que viram o preço de suas ações despencar. Em matéria veiculada pela Reuters no dia 4 de janeiro, Geoffrey Yu, estrategista do UBS em Cingapura, afirmou que esta é uma oportunidade única para a China adquirir mais ícones norte-americanos, mas que, para isso, precisa agir logo. Afinal, as empresas do Tio Sam podem se recuperar e se tornar mais ariscas à aproximação de fundos soberanos.
Mas a CIC parece não querer ir com tanta sede ao pote. O fundo não quer repetir a experiência da compra de ações da Blackstone Group antes de seu IPO, em maio. Na ocasião, a CIC precisou de apenas três dias para abocanhar US$ 3 bilhões da firma de private equity, e hoje amarga uma desvalorização de 20% com os papéis. A injeção no Morgan Stanley, segundo a agência de notícias, indica que os chineses aprenderam a lição e ficaram mais cautelosos. Mais demorado, o negócio foi feito de forma a permitir que a CIC receba um retorno de 9% anuais até seu investimento se converter em ações em 2010.
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