A Financial Services Authority (FSA), órgão regulador do mercado de capitais do Reino Unido, lançou uma audiência pública em seu site oficial, no dia 14 de janeiro. O motivo: abrir o debate e receber sugestões com vistas a uma revisão em suas regras de listagem. A Bolsa de Londres (LSE) é reconhecidamente uma das que mais cresceram no mundo nos últimos anos e, segundo a FSA, um dos elementos-chave desse sucesso é o regime de listagem, que dá atenção especial a empresas estrangeiras.
Em um ambiente de crescente competitividade entre as bolsas européias, a FSA quer “aparar algumas arestas” que estariam causando confusão entre os investidores. Um dos pontos em discussão é a separação mais clara entre “listagem primária” (primary listing), “listagem secundária” (secondary listing) e listagem de Global Depositary Receipts (GDRs). No primeiro grupo, constam as empresas com o mais alto nível de exigência em governança corporativa (algo equivalente ao Novo Mercado da Bovespa); já os dois últimos requerem os padrões mínimos estabelecidos pela legislação européia. Como todos estão inclusos na lista oficial (official list), muitos participantes de mercado interpretam erroneamente que as listagens secundária e de GDRs também apresentam os mais elevados padrões de excelência em governança.
Para resolver o problema, a FSA abre duas possibilidades: retirar as listagens secundária e de GDRs da lista oficial, na qual passaria a constar apenas a listagem primária; ou manter todos na lista oficial e renomear os segmentos — a primária passaria a se chamar 1º Nível, e o restante seria classificado como 2º Nível.
A FSA também quer saber se a redução das diferenças entre companhias locais e estrangeiras poderia tornar a estrutura de listagem mais “leve” e, conseqüentemente, melhorar a competitividade do mercado de capitais britânico para as companhias locais. Atualmente, empresas do Reino Unido não têm escolha: só podem abrir o capital na exigente listagem primária, enquanto as estrangeiras escolhem em qual nível se listar. Buscando, portanto, oferecer mais uma opção às empresas britânicas, a FSA propõe a liberação da listagem secundária também para companhias locais.
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