Num espaço de quatro dias, a Bolsa de Montreal foi do céu ao inferno. No dia 10 de dezembro, tudo pareciam flores quando a Montreal Exchange, conhecida como MX, anunciou a fusão com a Toronto Stock Exchange (TSX), por US$ 1,3 bilhão, dando origem ao TMX Group. No dia 14, a Bolsa de Montreal veio a público novamente, mas por uma causa menos nobre: negar a existência de insider trading (uso indevido de informações privilegiadas em negociações) no processo de fusão das duas bolsas.
Segundo reportagem do jornal The Star, uma série de documentos trazidos à tona por François Legault, do Parti Quebecois — partido político da província de Quebec, comprovaria a participação de membros da diretoria da MX na compra de ações da própria empresa no segundo semestre de 2007. Pelo documento, o CEO da MX, Luc Bertrand, teria adquirido 150 mil ações da companhia, enquanto Jean Turmel, presidente do conselho de administração, teria adquirido outras 100 mil. Com a valorização de US$ 10 em bolsa de valores após o anúncio da fusão, estima-se que Bertrand tenha lucrado por volta de US$ 1,5 milhão.
Em sua nota — divulgada no site oficial da empresa —, a Bolsa de Montreal se defende: “Na época das transações (2 de agosto), a MX não se encontrava em discussões ou negociações com nenhuma parte a respeito de fusão ou qualquer outra operação”. Segundo a declaração, Bertrand e Turmel compraram as ações de dois outros executivos e insiders que haviam anunciado sua saída da empresa. Jean Charles Robillard, porta-voz da MX, afirmou, em entrevista ao jornal canadense, que, “por definição legal, não há como haver insider trading entre insiders”.
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