Empresas endividadas e com caixa limitado estão usando o artifício chamado Payment In-Kind, ou simplesmente PIK, para acertar suas contas. É o que relatou o serviço de notícias LCD (da Standard & Poor’s), em novembro, a partir da análise de relatórios trimestrais de grandes empresas. Em vez de pagar empréstimos com dinheiro, empresas emitiram ou planejam emitir mais títulos de dívida para distribuir a seus financiadores. Pelo menos 47 operações do tipo foram anunciadas recentemente, totalizando US$ 33,4 bilhões em obrigações que vencem até 2018. Chama atenção no grupo a quantidade de empresas controladas por gestores de private equity. Ao todo, 18 receberam capital de risco nos últimos anos, segundo a publicação Financial Week.
A explicação tem a ver com a falta de liquidez no mundo. Preocupados em preservar o caixa das investidas, os gestores de private equity aumentam o prazo das obrigações esperando por uma melhora futura nas condições econômicas. Assim, não comprometem o fluxo de caixa, vital para empresas, principalmente em momentos de crise.
Foi o que fez a rede de hospitais HCA, comprada em 2006 por um pool de fundos por US$ 33 bilhões. O seu lucro líquido caiu de US$ 300 milhões para US$ 86 milhões, do segundo para o terceiro trimestre de 2008 — resultado temerário para uma empresa com dívidas na casa dos US$ 27 bilhões. A saída encontrada foi rolar US$ 1,5 bilhão do montante. Segundo os cálculos da rede de hospitais, a operação manteria US$ 145 milhões no caixa da empresa. De saúde, inclusive financeira, eles entendem.
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