Empresas com free float irregular são pegas na contramão

Companhias com o free float abaixo dos 25% mínimos exigidos pelos níveis de governança diferenciada da BM&FBovespa começam a cogitar um cenário em que o enquadramento não possa ser realizado. O regulamento permite que as estreantes tenham três anos, a partir da listagem, para se enquadrarem. Já as empresas que se desajustaram por força de um programa de recompra têm 18 meses para normalizar o free float. Das seis companhias fora do padrão, o Banco do Brasil (BB) é o que está com o prazo mais próximo de expirar.

O BB tem até o dia 28 de junho deste ano para injetar mais 4% de suas ações na bolsa. Pode parecer pouco, mas o valor de mercado da instituição, no fim de janeiro, estava em torno de R$ 36 bilhões. Isso significa que a instituição precisa fazer uma oferta de nada menos que R$ 1,4 bilhão até o vencimento do prazo. “O BB poderia ter atingido o free float se tivesse comprado a Nossa Caixa com ações. Mas o papel estava depreciado e preferimos usar dinheiro”, conta Marco Geovanne, gerente de Relações com Investidores (RI).

Antes de estrear no Novo Mercado, em 2006, o BB tinha 7% de free float. “Não havia demanda que suportasse uma oferta de 18% do valor de mercado do banco. Preservamos o acionista”, explica o executivo. Em dezembro de 2007, o BB aproveitou uma oportunidade e aumentou o free float para 21%. E teria feito mais ofertas até se adequar ao mínimo de 25% não fosse a deterioração do mercado.

“Acho difícil a janela reabrir até junho”, analisa Geovanne, que admite conversas informais com a bolsa para prorrogar o prazo até que o mercado melhore. Outra companhia a adotar o diálogo com a BM&FBovespa é a M. Dias Branco, que tem 19% de free float e até 17 de outubro para atingir os 25%. “A companhia estreou com um percentual abaixo do mínimo porque o mercado não a precificou corretamente. Poucos conheciam a companhia”, diz Álvaro de Paula, diretor de RI da fabricante de alimentos. (Marcelo Loureiro)


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