Diante da crise internacional, a categoria de fundos de investimento multimercado — sinônimo de disposição para correr riscos com alocações em diversos ativos financeiros — teve de recuar e assumir uma postura mais conservadora. “Liquidez virou palavra de ordem”, explica Caio Megale, economista da gestora Mauá. O investidor nem cogita deixar o dinheiro preso em aplicações com estratégia de longo prazo. Antes de fazer aportes, quer a garantia de saque para o caso de mais um revertério nos rumos do mercado.
O jeito foi reduzir, e muito, o período para resgate dos fundos. O limite aceitável passou a ser de 30 dias. Os dois multimercados da Mauá, por exemplo, reduziram de 90 dias para um mês. O fundo long short da gestora Quest, que não permitia saques antes de 60 dias, também derrubou o prazo para um mês. A GAP seguiu a mesma estratégia.
O resultado foi que a gestão também precisou passar por uma revisão. Para garantir maior liberdade aos cotistas, é preciso ser mais conservador nos aportes. Ativos com baixa liquidez e maior risco foram deixados de lado. A estratégia, até agora, tem sido positiva. Os multimercados, que sofreram saques de R$ 45 bilhões no ano passado, voltaram a receber investimentos. Em fevereiro, a captação líquida somou R$ 1 bilhão. Os investidores também não têm do que reclamar. A rentabilidade inverteu a trajetória de queda, e os ganhos ficaram em 1,2% no mesmo período.
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