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Ele é tricampeão – Natura – 1º Lugar – VM superior a R$ 15 bilhões
Natura vai ao pódio pelo terceiro ano consecutivo, embalada pelo aumento da renda da população brasileira

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Assim como uma mulher que a cada ano fica mais bonita, a Natura não precisa temer o espelho. Em 2010, o que já ia bem ficou ainda melhor. O resultado disso ficou evidente no prêmio As Melhores Companhias para os Acionistas. Pelo terceiro ano consecutivo, a Natura foi campeã na categoria valor de mercado superior a R$ 15 bilhões. Embalada pelo aumento da renda da população brasileira, que fez com que as mulheres reforçassem a munição de suas prateleiras de cosméticos e nécessaires, a maior fabricante de produtos de higiene, cosméticos e beleza do Brasil viu sua receita líquida, em 2010, saltar 21%, passando de R$ 4,24 bilhões para R$ 5,13 bilhões.

, Ele é tricampeão – Natura – 1º Lugar – VM superior a R$ 15 bilhões, Capital AbertoOs quase R$ 900 milhões de receita adicional no ano passado renderam à Natura um aumento no resultado operacional — a margem de lucro após os custos e as despesas operacionais (Ebit, na sigla em inglês) avançou 23%. Como seu custo de capital subiu bem menos do que isso, a companhia registrou um valor econômico adicionado (EVA, na sigla em inglês) nada desprezível: o indicador cresceu R$ 148 milhões entre 2009 e 2010, chegando a R$ 564 milhões. O acréscimo ficou estampado na nota 10 da Natura nesse quesito, pontuação bem acima da mediana da categoria, de 5,5.

“Além das altas taxas de crescimento da demanda, o aumento de 18% no número de consultoras da marca contribuiu para os resultados”, ressalta Alessandro Carlucci, diretor-presidente da empresa. A Natura só trabalha com vendas diretas e fechou o ano passado com um total de 1,2 milhão de vendedoras.

A companhia também tirou nota 10 no item total shareholder return (TSR), que contempla a valorização dos papéis na Bolsa e os dividendos pagos aos acionistas. Descontado o custo de oportunidade de capital, o retorno das ações da Natura, nos 12 meses encerrados em 31 de maio de 2011, alcançou 37,78%, bastante superior ao obtido pelos outros dois vencedores do prêmio em sua categoria, que registraram TSR de 5,34% e -0,4%. Ajudou para isso a prática da Natura de pagar 100% da geração líquida de caixa como dividendos e, se possível, elevar esse valor a cada ano — em 2010, os investidores foram remunerados com a cifra de R$ 719 milhões, entre dividendos e juros sobre capital próprio, ante R$ 598 milhões em 2009.

O volume diário médio de negociações das ações da companhia subiu para R$ 33 milhões em 2010, contra R$ 26 milhões no ano anterior. O aumento deveu-se, principalmente, à realização de uma oferta de ações subsequente (follow-on) no fim de 2009. Isso elevou de 25% para 40% o número de ações da Natura em circulação (free float). Contribuiu para esse cenário o fato de mais investidores de fora do País passarem a buscar ações de empresas brasileiras após a crise de 2008. O número de estrangeiros que adquiriram papéis da Natura aumentou 30% no ano passado.

Manter o desempenho “excepcional” — adjetivo usado por Carlucci para definir o ano de 2010 —, contudo, será um desafio e tanto. No primeiro semestre deste ano, o setor de cosméticos no País cresceu 9,5%, e a receita líquida da Natura, 10,5%. A margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa subiu 2,8% e o lucro líquido, 1,7%. O crescimento menos vigoroso, aliado ao cenário de maior concorrência e aos efeitos da crise nos mercados mundiais, levou à desvalorização de 28,4% no preço das ações da companhia, entre janeiro e 25 de setembro deste ano. Segundo Carlucci, a Natura luta com as armas que tem. O investimento em inovação, crucial para a atratividade da marca, é uma delas. “Mantemos a estratégia de ter produtos que se aproximem dos consumidores de todas as classes sociais, o que minimiza o impacto da desaceleração”, afirma Carlucci.

O valor econômico adicionado (EVA) da Natura cresceu R$ 148 milhões entre 2009 e 2010, chegando a R$ 564 milhões

No quesito governança corporativa, faltou muito pouco para a companhia cravar outra nota máxima. Obteve 9,61, enquanto a mediana da categoria foi de 7,16. Dando continuidade à iniciativa de estimular a participação de acionistas pessoas físicas nas assembleias, realizou, pela segunda vez, um encontro de integração desse público com os gestores da empresa na fábrica de Cajamar. Estiveram presentes no evento 250 pessoas físicas.

Em sustentabilidade, a companhia, que já é amplamente conhecida por inserir práticas para preservar o meio ambiente em seus processos produtivos, alcançou mais um 10. Atingiu alguns objetivos importantes ano passado, como reduzir o consumo de água em 10%, mas ficou longe de realizar outros. Dentre as pendências, está a diminuição do peso de resíduos por unidade faturada e a redução da emissão de gases de efeito estufa na proporção estipulada.


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