O ano de 2009 foi um dos mais atribulados para executivos e conselheiros de administração de instituições financeiras. Além de “arrumar a casa” na ressaca pós-crise, esses profissionais tiveram de lidar com uma esmagadora pressão política e popular por mudanças em sua forma de trabalhar, devido à participação dos bancos no terremoto financeiro global. O resultado, de acordo com uma pesquisa da Spencer Stuart, são boards muito mais preocupados em discutir, com maior profundidade, temas em que os bancos falharam durante o terremoto financeiro.
Entrevistando CEOs e chairmen de 12 bancos europeus que receberam algum tipo de ajuda financeira governamental, o estudo buscou detectar as principais mudanças na forma de trabalhar dessas instituições. Se a crise não alterou o papel do conselho, sua estrutura organizacional mudou bastante. Não só o comprometimento de tempo aumentou, de 25 dias para 36 dias ao ano, como também os contatos informais entre as reuniões. Os temas mais debatidos são a gestão de riscos e os sistemas de remuneração executiva, severamente criticados durante a crise.
Outra mudança diz respeito à composição do órgão. Acusados de manter profissionais que pouco ou nada entendiam dos complexos instrumentos financeiros que contribuíram para a crise do subprime, os conselhos de bancos se empenharam em contratar profissionais com expertise em finanças. Algumas instituições trocaram todos os membros de seu board. “Hoje, os principais critérios de contratação de conselheiros para bancos são o conhecimento de finanças, a experiência na área e vivência internacional. Antes da crise, somente uma boa reputação era suficiente para o conselheiro ser chamado”, compara o estudo.
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