Sumiram as canetas dos kits distribuídos a quem vai a reuniões Apimec de algumas companhias. Não, as esferográficas não são mais uma vítima da crise, limadas por cortes radicais de custos. Os tradicionais brindes estão sendo trocados por vales que permitem ao investidor fazer uma doação para projetos da Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A) da BM&FBovespa.

A CPFL é a mais nova a abraçar essa causa. O Itaú iniciou o movimento em 2007, entregando cupons no valor de R$ 25 cada. Na elétrica, ao fim da reunião Apimec, todo participante recebe um vale de R$ 20, provido de um número de acesso. Com esse código, o investidor acessa o site da BVS&A (www.bovespasocial.org.br), escolhe um dos 21 projetos socioambientais tocados por ONGs parceiras da Bolsa e efetiva a doação.

“Além de reforçar o engajamento da companhia com a causa sustentável, a iniciativa desperta nos investidores o desejo de conhecer melhor os projetos listados na BVS&A”, diz Gustavo Estrella, diretor de RI. Os vales começaram a ser distribuídos no começo de 2009, e a previsão é de que a CPFL invista R$ 20 mil no ano.

Para que os recursos não se percam, caso a pessoa não entre no site, a CPFL vai controlar os acessos. As doações serão contabilizadas semestralmente. Se algum investidor não tiver participado, a companhia fará a doação da mesma forma para um dos projetos da bolsa social, que deverá ser escolhido aleatoriamente. Apesar de a primeira contagem de doações ainda não ter sido feita, Estrella diz ter sentido o impacto positivo do projeto. “Os elogios têm sido tantos que cogitamos levar a prática a outros eventos, mesmo os que não estão ligados ao mercado de capitais”, afirma.