A turbulência financeira estimulou a adoção de cláusulas estatutárias que desestimulam ofertas hostis de aquisição nos Estados Unidos. O estudo Resurgent rights plan: recent poison pill developments and trends, desenvolvido pelo escritório de advocacia Latham & Watkins, aponta que o número de empresas adeptas desse dispositivo, conhecido como poison pill, se elevou consideravelmente em 2008, em comparação com o ano anterior. A “pílula de veneno” norte-americana mais comum concede aos acionistas de uma companhia bônus de subscrição assim que um investidor atinge um percentual predefinido do capital social. Desse modo, o adquirente, que não ganha o bônus, acaba diluído.
O trabalho descobriu que, no ano passado, 69 companhias adotaram a pílula de veneno pela primeira vez, 245% a mais que em 2007. Um incremento expressivo se deu entre empresas com valor de mercado inferior a US$ 500 milhões (small caps), que adotaram ou renovaram suas cláusulas venenosas — 55 empresas, 267% a mais que no ano anterior. Outras 16 companhias incluíram pílulas em seus estatutos enquanto estavam sendo alvo de ofertas hostis, 433% a mais que em 2007.
A tendência é atribuída, sobretudo, à deterioração dos preços das ações, que incentivou a maior atividade de ofertas hostis. Em 2008, propostas feitas a contragosto da administração representaram 20% do volume de operações anunciadas, ante 5% do ano anterior. A ação coordenada de investidores para abocanhar parcelas relevantes das empresas e a diminuição dos pedidos de acionistas de cancelamento das cláusulas contribuíram para a corrida às pílulas.
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