A iniciativa de Bélgica, França, Itália, Holanda e Espanha de criar cotas para a participação de mulheres em conselhos de administração pode virar lei na União Europeia. Conforme a chefe de Justiça da Comissão Europeia, Viviane Reding, a medida é necessária para o bloco atingir a meta de ter 40% de rostos femininos nos boards até 2020. “No ritmo atual, demoraríamos 40 anos para alcançar esse objetivo”, observa.
Atualmente, o percentual de mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas europeias é 14%, ligeiramente maior do que os 12% registrados em 2010. Metade desse aumento deve–se à introdução, em 2010, na França, de uma política de cotas. A estatística é frustrante, avalia a comissária, considerando que, na Europa, 60% dos diplomados são mulheres. “Um ano atrás, eu pedi para as empresas, voluntariamente, aumentarem a presença feminina nos conselhos. No entanto, lamento ver que, apesar do apelo, a autorregulação não trouxe resultados satisfatórios”, diz Viviane.
Em 28 de maio, a Comissão Europeia termina o debate sobre o assunto e deve tomar sua decisão. “Eu não gosto da ideia de criar cotas, mas gosto muito do resultado que elas trazem”, afirma a comissária.
Participe da Capital Aberto: Assine Anuncie
Encontrou algum erro? Envie um e-mail
Comentários