Cuidado! Se a companhia que você investe aumentou significativamente, de um ano para o outro, o honorário pago à firma de auditoria, há grandes chances de você ter uma surpresa desagradável com a demonstração contábil dessa entidade nos próximos anos. Essa é a conclusão do estudo Is the Audit Fee Disclosure a Leading Indicator of Clients’ Business Risk?, feito pelo professor de contabilidade Jonathan Stanley, da Auburn University, nos Estados Unidos. Diferentemente do Brasil, que começou a publicar o desembolso das companhias com serviços de auditoria somente em 2010, no Formulário de Referência, os Estados Unidos têm essa divulgação como praxe desde 2001.
A explicação para a ligação entre honorários e problemas nos balanços, constata o professor, deve–se ao fato de o valor cobrado pelo serviço de auditoria estar diretamente relacionado ao risco que o auditor enxerga em atestar a veracidade da demonstração financeira. Quanto maior o risco, portanto, maior deve ser a sua remuneração. Por isso, um incremento expressivo nessa taxa pode apontar, muitas vezes, o prenúncio de diversas catástrofes, incluindo fraude.
A seguradora AIG, que quase faliu em 2008, é prova dessa teoria. Os documentos apresentados à Securities and Exchange Commission (SEC) indicam que a AIG pagou US$ 66 milhões pela auditoria de sua demonstração financeira em 2004, um aumento de US$ 33 milhões em relação ao honorário do ano anterior. Em 2005, a companhia reapresentou seus números dos quatro exercícios compreendidos entre 2000 e 2003, devido a erros contábeis. Para a infelicidade dos investidores, a correção rendeu, na época, uma redução no patrimônio líquido da AIG de US$ 2,7 bilhões.
Confira o estudo Is the Audit Fee Disclosure a Leading Indicator of Clients’ Business Risk?
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