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Dividendos voltam a crescer no mundo
Desempenho de mineradoras e fim de restrições a bancos impulsionam pagamentos a acionistas
Dividendos voltam a crescer no mundo
A expectativa é de que os dividendos distribuídos aos investidores possam até superar os patamares pré-covid | Imagem: freepik

Passados os momentos mais agudos da crise relacionada à pandemia, os dividendos distribuídos aos investidores por empresas mundo afora têm caminhado não só para recuperar os níveis pré-covid: a expectativa é de que possam até superar esses patamares. De acordo com o índice de dividendos da gestora Janus Henderson, os pagamentos a acionistas no terceiro trimestre deste ano foram 22% maiores que os registrados em igual período de 2020. E eles estão apenas 2% abaixo do recorde verificado no ano passado. 

Ainda nas primeiras semanas da pandemia, a partir de março de 2020, muitas companhias anunciaram a decisão de ou cortar os dividendos ou suspender os pagamentos, numa estratégia de preservação de caixa para enfrentamento de uma situação inédita. O movimento foi particularmente prejudicial para investidores como fundos de pensão, fundos filantrópicos e fundações, que dependem muito dos dividendos. Agora eles têm a chance de reacomodar suas expectativas de retornos. 

Mineradoras e bancos 

O índice da Janus Henderson mostra que, entre julho e setembro deste ano, 90% das companhias cujas ações estão na base do indicador ou mantiveram ou aumentaram o volume de pagamentos para os acionistas na comparação com o terceiro trimestre de 2020. A recomposição dos dividendos aconteceu antes do que os analistas esperavam, e é influenciada principalmente por dois setores: mineração e bancos. 

Impulsionadas pelo recente boom nos preços das commodities metálicas (que, por sinal, já arrefeceu, com queda de 60% no minério de ferro desde o pico de maio passado), as mineradoras lucraram mais — e, consequentemente, puderam oferecer pagamentos mais polpudos aos seus investidores. Não por acaso, a australiana BHP deve ser a maior pagadora de dividendos de 2021, com a distribuição de estimados 18,9 bilhões de dólares. 

Também contribuiu para o aumento dos dividendos no terceiro trimestre o fato de os bancos terem contado, nos últimos meses, com o relaxamento de regras restritivas à distribuição de lucros. No início da pandemia, a fim de garantir que essas instituições teriam dinheiro em caixa suficiente para afastar o risco de uma crise sistêmica e dar crédito às empresas em dificuldades, reguladores limitaram os pagamentos de dividendos. Conforme relatório de março deste ano do Banco de Compensações Internacionais (BIS), no começo da pandemia cerca de 45 jurisdições estabeleceram barreiras ao pagamento de dividendos pelos bancos, restrições que gradativamente vêm sendo eliminadas — em julho, por exemplo, o Banco Central Europeu anunciou que os limites não se estenderiam para além de setembro. 

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