Temerosos de que a baixa captação da indústria de private equity nos últimos 18 meses persista em 2010, os gestores de capital de risco começam a rever seus conceitos sobre os outrora subestimados family offices. Devido ao seu poder de fogo limitado, em comparação com os poderosos investidores institucionais, esses escritórios eram menos procurados pelos investidores de capital de risco.

A conclusão é de uma pesquisa realizada pela consultoria em investimentos alternativos Preqin, que também detecta um apetite aguçado dos family offices por investimentos em private equity. Dados da pesquisa, que entrevistou 34 family offices de todo o mundo, mostram que 69% deles pretendem aportar mais recursos no setor do que fizeram em 2009.

A satisfação dos family offices com esse tipo de investimento explica a propensão a investir mais. Dos entrevistados, 65% afirmaram que os retornos proporcionados pelo private equity corresponderam totalmente às suas expectativas; 19%, que o setor excedeu suas expectativas; e 16%, que tiveram resultados aquém do esperado.

O estudo também constatou características interessantes nos family offices. Cerca de 36% deles não estabelecem qualquer limite de alocação de recursos em capital de risco. Essa flexibilidade também é visível entre os que estabelecem tetos — 28% estão posicionados em private equity acima do esperado. “Investidores institucionais, como fundos de pensão e companhias de seguros, possuem metas rígidas, o que limita sua participação em private equity”, diz o estudo.