O Círculo de Companhias — criado em 2005 pela Corporação Financeira Internacional (IFC) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para reunir exemplos concretos de aplicação de práticas de governança corporativa na América Latina — abrirá, nos próximos meses, um processo público para a entrada de novas empresas. Hoje, fazem parte dessa iniciativa 12 companhias com ações listadas em bolsa: Argos (Colômbia), Ferreyros (Peru), Homex (México), ISA (Colômbia) e Marcopolo, Natura, Net, Suzano, Ultrapar, CCR, CPFL e Embraer (Brasil). No momento, ainda não há uma definição dos critérios que serão usados para a escolha das empresas e nem de quantas irão entrar. Contudo, uma diretriz aprovada em anos anteriores pelo grupo definiu que ele ficaria limitado a aproximadamente 20 companhias.

Segundo Sandra Guerra, coordenadora do Círculo de Companhias, não há pressa de chegar a esse limite. O objetivo é reunir um grupo de trabalho suficientemente diverso para cumprir os programas que serão desenvolvidos daqui para frente. Dentre os temas que o Círculo pretende abordar, estão práticas de assembleias e de conselho de administração. “Para fazer parte do grupo, é importante que a companhia concorde em não só deixar transparente para o mercado as suas práticas de governança, mas também mostrar como e por que as adotou.”

Além da expansão do Círculo de Companhias, as novidades do grupo para este ano incluem o lançamento, em espanhol, no Peru, na Columbia e no México, do Guia Prático de Governança Corporativa: Experiências do Círculo de Companhias da América Latina. Em 15 de abril, o livro — que já conta com uma versão em inglês — foi lançado também em português na sede da BM&FBovespa. O objetivo é que, em breve, edições nas três línguas estejam disponíveis a todos no site da OCDE.