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Cenário de transformação

A velocidade da vida moderna mudou a perspectiva de tempo. Movidos pela informação de bate-pronto, pelas comunicações on-line ou pelos fluxos de capitais que zarpam de um lado para o outro do globo erguendo e derrubando cotações, os anos parecem ter passado rápido demais. Como pode um mercado de capitais inoperante e uma bolsa de valores com volumes deprimidos mudarem tanto em apenas quatro anos? Foram só quatro mesmo?

A intensidade dos acontecimentos gera a impressão de que o tempo passou rápido demais. E o risco por trás disso está no fato de que, na verdade, os dias se sucederam exatamente no seu ritmo, como tinha de ser. Quem estava fora dele, portanto, eram os acontecimentos ou as pessoas envolvidas. Como não existe mágica, é provável que algumas das mudanças impressionantes não tenham tido tempo para se firmar como sugerem as nossas impressões.

Talvez o mercado de capitais brasileiro, após os avanços espetaculares dos anos recentes, não tenha necessariamente atingido um novo patamar de qualidade. É razoável supor que ainda estejamos em fase de transformação, como sugere a presente edição da CAPITAL ABERTO. Na reportagem da capa, ficam claros os sinais do tempo que ainda não passou. Numa evidência de que nada muda radicalmente da noite para o dia, a Agrenco mostrou, após um raio X feito pela Polícia Federal, fraturas de governança que ainda estavam lá. Será que as outras companhias preparadas às pressas para chegar à bolsa de valores conseguiram curar as suas?

Também nesta edição mostramos que o governo federal, obstinado por produzir superávit fiscal e aplacar a mais séria ameaça inflacionária dos últimos tempos, interfere de modo flagrante no funcionamento do mercado de capitais. Como resultado, as emissões de debêntures das leasings, que durante anos dominaram a maior parte das ofertas desses títulos, sumiram do mapa. E ações preferenciais, sem nenhuma previsão legal ou estatutária, ganharam direito a tag along como num golpe de sorte.

Nesse cenário de faroeste, a boa notícia é que os sinais do novo também aparecem. Soluções sofisticadas como a dispensa automática de registro para ofertas de títulos com certas características e assembléias com procurações on-line, sem nenhum carimbo de tinta do cartório, estão na prancheta de trabalho do órgão regulador. Afinal, estamos em um mercado muito mais desenvolvido e precisamos de regras que façam jus a ele, não é? Sem entrar no mérito do “mais desenvolvido”, não restam dúvidas de que o mercado certamente precisa de normas que ofereçam as bases para ele chegar aonde quer. Pois, estamos a caminho, dia após dia.


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