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União positiva
Integração do Brasil ao Mila ajudaria a destravar a fila de candidatas a um IPO

, União positiva, Capital AbertoO Mercado Integrado Latinoamericano (Mila) une as bolsas colombiana, chilena e peruana em uma plataforma conjunta de negociação. Um dos méritos do Mila foi ter conseguido reunir o melhor de cada país. O pregão do Peru é reconhecido por abrigar importantes companhias de mineração; o da Colômbia, por ter fortes empresas do setor de energia; e o do Chile, por contar com a listagem de grandes empresas de varejo e serviço. No total, 563 emissoras de ações latino-americanas são negociadas nesse ambiente, somando um volume de capitalização de US$ 712,5 bilhões em outubro de 2012.

O potencial para o sucesso da região é embasado na força do mercado de commodities, no alto crescimento demográfico dos países da América Latina e no espaço para melhorias em índices importantes, como rendimento per capita e distribuição de renda. Nesse contexto, em que o Brasil também está inserido, alguns players conseguiram identificar realisticamente seus pontos fracos e fortes e se unir de modo a extrair sinergias significantes do mercado de capitais.

Mais de um ano depois do início de suas negociações, o Mila já atrai a atenção de grandes mercados de capitais. É o caso do México, que está em fase de ajustes normativos e aprovação de temas regulatórios para aderir oficialmente a esse ambiente de negociação. Os números apresentados oficialmente pelo Mila são a prova do seu potencial. Comparando-se a performance dos índices das bolsas integrantes individualmente (IGBVL do Peru, Colcap da Colômbia e IPSA do Chile) ao índice do Mila, é possível ver o descolamento positivo da união — o S&P Mila 40 valorizou-se 13,65% entre janeiro e outubro de 2012. Neste mesmo período, o índice IGBVL avançou 6,76%; o Colcap, 15,17%; e o IPSA, 2,13%.

Segundo notícias veiculadas na imprensa brasileira, há conversas sobre uma possível adesão do Brasil ao Mila. Caso isso venha a ocorrer, um total de US$ 1,9 trilhão ficaria concentrado em uma única plataforma de investimento. Esse movimento poderia fazer do mercado latino um competidor relevante perante países desenvolvidos, tornando-o, inclusive, uma alternativa atrativa para empresas que buscam levantar capital por meio da listagem de global depositary receipts (GDRs). Talvez essa seja a oportunidade para uma mudança de postura do mercado brasileiro, antes solitário na posição de potência regional e agora demonstrando necessidade de renovação.

Além da clara vantagem do incremento de liquidez, o cenário de unificação aumenta o número de possíveis acionistas para projetos de IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês). Essa integração pode ajudar a desengasgar o pipeline de empresas brasileiras que almejam a abertura de capital. Sob a ótica de relações com investidores, um mercado conectado significa uma oportunidade de elevar a cobertura de analistas de instituições respeitadas de diferentes países. É ainda uma chance de exposição a novos mercados e de diversificação da base acionária.

Não estamos ignorando aqui os fatores delicados de uma possível adesão do Brasil ao Mila, uma vez que ela envolveria negociações sobre políticas, taxas e regulamentações com outros países. O Brasil, além disso, precisaria fazer melhorias estruturais, especialmente em telecomunicações e banda larga, antes de avançar para integrações de sistemas tão complexos como o de capitais. Ainda assim, considerando o atual cenário de incertezas e tendências negativas em grandes mercados como Estados Unidos e China, conclui-se que é hora de olhar para mercados mais próximos e tentar identificar oportunidades de atrair novos investidores.


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