Apesar das taxas de juros elevadas e da diminuição do apetite do investidor para risco, as transações envolvendo negócios na área da saúde permanecem robustas. De acordo com recente pesquisa feita pela provedora de dados PitchBook, o número de operações de private equity no segmento atingiu 725 nos três primeiros trimestres de 2022, quantidade superior à registrada no ano inteiro de 2020. No acumulado do ano até setembro, o valor de todos os negócios foi estimado em 94 bilhões dólares, soma que se assemelha aos níveis alcançados entre 2017 e 2020.  

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E a depender dos rumos da economia, é possível que esses números cresçam ainda mais. Na visão de Rebecca Springer, analista sênior da PitchBook e autora do relatório, caso se configure uma recessão macroeconômica, os investidores devem se interessar ainda mais por ativos do setor de saúde, uma vez que o segmento é conhecido pela sua resiliência e por performar bem mesmo em situações de crise financeira.  

A alta quantidade de capital disponível nas firmas de private equity também deve ajudar a alimentar os negócios. As gestoras possuem cerca de 62 bilhões de dólares para investir no setor de serviços de saúde, uma quantia que pode apoiar empresas com um valor de mercado combinado de 150 bilhões de dólares, de acordo com o relatório. Nesse cenário, caberá aos gestores pinçarem as melhores oportunidades. Desde o ápice da pandemia de Covid-19, muitas empresas do setor sofrem com falta de pessoal, especialmente entre os trabalhadores menos qualificados, e registram forte perda de receita por causa do aumento de custos com equipe. 

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